Senti a forte dor no peito.
Não era nada grave, somente o peso da injustiça.
Mais uma vez te fiz de bobo.
Cultivei outro canteiro da desordem.
Deixei o rastelo do comprometimento ao léu.
Semeei somente discordâncias.
Agora vejo os frutos do amargor.
Descem goela abaixo riscando minha garganta.
Não tenho culpa, não houve amor.
Somente um frescor de pensamento.
Doentio.
Não me ponhas ao lado das caveiras de jasmim.
Quero cruzar o mar de pensamentos vãos.
Desejo ao homem que ficou para trás.
Tudo que não conseguiste comigo.
Amor não é algo tão verdadeiro.
A mim é quase que descartável.
O respeito, esse sim eu cobro constantemente.
Porém nunca lhe dei uma mera que fosse.
Amostra deste.
Tão tardio sentimento, querer.
Me solta aos afagos que acabei de dar.
Senti a língua quase que frenética aos meus ouvidos.
Receio, acho, ouvirdes te amo.
Não, fora somente o som da coruja.
Esta veio a criar junto de nós.
Promessas jamais, preferi os gemidos aguçados.
Como de quê, jovens á procura de um jeito de amar.
As mãos fizeram quase tudo.
Só não puderam calar a outra voz.
O sentimento me levou ao percausso.
Agora insisto, não fora eu, talvez a minha sombra Augusta.
28042019............
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