Lúcia não esconde sua euforia em cada tronco, árvore, pedra ou qualquer obstáculo no rumo da estrada que é retirado.
Com 4 dias bem trabalhados já avista-se a referida seguindo por mata a dentro, até então não houve qualquer embate com selvagens, feras, aldeões desconhecidos.
- Olhe princesa estamos sendo abençoados por Sabú.
- Sim Francisco, o grande deus que tudo vê e ouve esta com a gente.
- Não podemos esquecer de lhe ofertar.
- Amanhã, amigo, amanhã faremos um banquete, trouxe o carneiro.
- E a ave?
- Bem lembrado, sabe vou lhe confindenciar, há tempos que não participo das cerimônias á Sabú.
- Sabe princesa, devemos muito a ele.
- Eu sei meu amigo, eu sei.
- Também temos de lembrar os nossos que foram.
- O rei Arthur.
- Sim princesa. Ela se afasta de Francisco e seus olhos enchem de água.
Uma moça vem a ela e lhe entrega um bilhete, Lúcia faz sinal para Francisco e sai dali.
Em uma tenda de lona vermelha, dentro 3 ambientes com móveis rústicos numa poltrona com estampa de onça, Duquel toma um suco de acerola, tendo próximo o trono de Reginaldo, Silas sai de outro ambiente em vestes longas já pronto para ceiar e dormir.
- O que foi Duquel?
- Só lhe chamei por que gosta de recepcionar velhos amigos.
- Que amigo?
- Espere logo chegará. Reginaldo entra ali ainda em veste de caça real, botas de cano alto, camisa, calça linho, todos com emblemas do reino bordados.
- O que foi Reginaldo que esta sua ministra esta tramando?
- Não sei, estou no aguardo como todos.
- Você é o rei e deveria saber. Lúcia se altera, logo um soldado jovem entra ali e faz sinal para a ministra que sai da poltrona.
- Pronto garotos, já esta chegando, vamos. Todos a seguem para fora, onde todos os soldados e trabalhadores estão em fileiras.
Ao longe avistam a carroça em vermelho e alguns anões a rodeia.
- Não me diga que........ Lúcia olha com raiva para Duquel que faz um apático sorriso, logo em minutos, pára frente a eles a carroça, ao som de uma mísera flauta e bem mau tocada, desce uma jovem loira, alta em vestido vermelho com detalhes em renda pretos, trazendo um grande medalhão preso na altura do peito ao tecido.
- Margot.
- Querida prima Lúcia.
- O que faz aqui sua rata?
- Não tenho culpa se não soube realizar os testes finais com êxito em sua prova em Gerban.
Lúcia tenta agarra-la mais é contida por Reginaldo.
- Oi rei.
- Olá Margot.
- Vejo que esta se saindo bem neste cargo provisório.
Agora é o rei que se segura para não ataca-la em fúria.
- E ele?
- Ah, sim, Silas, se apresente.
- Oi.
- Olá.
- O que foi gatinho, que garoto lindo, bem que se falam em Vallin que o finado tio só fez obras de artes.
- O quê? Silas pergunta, Duquel dá um leve de cotovelo na moça que se cala.
- Seja bem vinda querida.
- Tudo bem Duquel, afinal se me chamou é por que as coisas devem estar daquele jeito.
Lúcia olha para a ministra.
- Você a chamou?
- Sim, por isso. A ministra mostra para eles uma pequena caixa de madeira.
- O que tem nessa caixa?
- Depois da ceia, falaremos.
Lúcia olha para Reginaldo que diz não entender.
Depois da ceia que fora servido, peixes, arroz, saladas e de sobremesa frutas.
- Estava tudo delicioso, como sempre.
- Agora diz, por que ela veio?
- Tudo bem Lúcia, só tenha calma, um pouco.
Duquel traz a caixa e abre ali na mesa, desta tira 3 placas de pedra de fina espessura com inscritos.
- Sei que só você conseguirá le-las.
- Mais o que temos aqui.
- É o que penso?
- Sântrico.
- Não pode ser. Lúcia se enfeza.
- O que é isso?
- A língua do extinto reino Azul.
- Pode decifrar?
- Claro tia. Lúcia olha com ódio para a prima e Duquel.
- Como conseguiu isso?
- Enquanto vocês brincam de reinar, eu trabalho, enviei um grupo de oficiais, eles procuraram mais á frente pistas deste extinto reino.
|