A prudência é recomendada, mas o seu excesso pode se traduzir em paranoia.
Deus governa por laços de amor e por doce persuasão fundados na verdade e na justiça.
Criados à sua imagem e semelhança, os seres humanos necessitam entender e viver a sensibilidade e sutileza que existem em tal forma de ser.
A base dos relacionamentos que se fundamentam em laços firmes e duradouros consiste na confiança mútua, que é transmitida não por meras palavras ou promessas, mas por sinais que são emitidos a partir do nosso coração e que revelam nossas reais intenções.
Isto é tão complexo em sua natureza que até mesmo gestos de carinho que não partam de um coração sinceramente interessado no bem do outro, e por motivo de amor, podem despertar desconfianças.
Repelimos naturalmente qualquer palavra ou ação agressiva que nos sejam dirigidas, mas também repelimos estas mensagens de falso amor que emanam de corações que não estejam de fato ligados ao nosso.
Por isso, quem trabalha com a doma de animais (cavalos etc) é melhor sucedido quando aprende primeiro a dominar a si mesmo, quanto a aprender a emitir sinais de verdadeiro amor, paciência, consideração, amizade, ao animal que pretende domar.
Estes sinais serão reconhecidos sutilmente nos gestos, palavras, atitudes do domador, e o animal se deixará conduzir docilmente à medida que interpreta que ele é digno da sua confiança.
Esta sutileza de interpretação de sinais pode ser observada de modo muito especial nas crianças, que se afastam daqueles que se aproximam delas com palavras e gestos de suposto carinho, mas que no fundo não têm um real amor e interesse por elas.
Assim, é necessário aprender a mudar nossas atitudes em relação a outros, notadamente num mundo que fica cada vez mais falso e violento, e somos induzidos psicológica e inconscientemente a ficarmos mais suscetíveis à desconfiança.
Como já dissemos antes, o excesso de prudência pode nos conduzir a um comportamento paranoico, que nos levará a nos defender até mesmo daqueles que nos amam verdadeiramente.
Não é sem razão que nos é imposto o dever de aprendermos a perdoar até setenta vezes sete, de maneira que mantenhamos o nosso coração aberto com vistas a um relacionamento sem sombras e traumas, e no qual não sejamos incapacitados a amar como convém, a saber, de coração aberto e receptivo.
Necessitamos, portanto, de uma cura diária do bálsamo, divino, para as nossas feridas, para que não fiquemos sequer intimidados por cicatrizes deixadas pelos momentos de confrontação, e seguirmos adiante tendo um sincero apreço e carinho por aqueles com os quais nos relacionamos.
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Biografia: Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro.
Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras.
Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones.
Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo.
Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site:
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Comentário dos livros do Velho Testamento
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