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Deus Requer Santificação aos Cristãos
A474
Alves, Silvio Dutra
Deus Requer Santificação aos Cristãos 2/
Silvio Dutra Alves
- 1ª edição - Rio de Janeiro, 2021.
9 pg; 14,8 x 21 cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. I. Título
Todos os direitos reservados
Deus Requer Santificação aos Cristãos 2
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”.
Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.” [Mt 7: 21-23]
E
stas palavras de Jesus confirmam o título Deus Requer Santificação aos Cristãos, pois sem santificação ninguém verá o Senhor, assim como ocorreu com estes muitos que viveram como cristãos nominais fazendo muitas obras em nome de Jesus, profetizando, expelindo demônios e fazendo milagres, e que no entanto ouviram de Seus lábios a sentença: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.”
Eis aqui declarado, pelo próprio Senhor Jesus Cristo, o grande engano que muitos (conforme Ele diz) hão de revelar no dia do Juízo, quanto a pensarem serem crentes, e salvos, e no entanto receberão dele o testemunho de serem ímpios, que não O conhecem de fato.
Se eles profetizavam, expeliam demônios e faziam muitos milagres, qual foi então o problema, senão a falta da única e grande evidência de que somos eleitos de Deus, e salvos de fato, que é a santificação de nossas vidas?
Por isso somos exortados na Bíblia, a confirmarmos nossa eleição através do progresso em santificação, crescendo na graça e conhecimento de Jesus.
“Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento;
com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;
com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.
Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora.
Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum". [II Pe 1: 5-10]
"Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza;
antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno". [II Pe 3: 17,18]
Então, não basta se considerar cristão, como era o caso daqueles a quem Jesus ordenou que se apartassem dele, pois a simples confissão religiosa não é suficiente para salvar qualquer pessoa. E diga-se de passagem que somente alguém que seja um genuíno cristão, nascido de novo do Espírito Santo, pode e deve ser santificado. Pois fora de Cristo não há salvação e nem santificação.
Antes de tudo, não se deve pensar que nossa santificação consiste em meros esforços de nossa parte, para atendermos aos meios que nos são ordenados, para este propósito como, por exemplo, orar, ler e meditar na Palavra de Deus, congregar, etc, pois se tudo isso não for antecedido por uma real conversão a Jesus, que nos torne novas criaturas pela fé nEle, sendo justificados e regenerados (pelo Espírito Santo), e um caminhar diário no Espírito com uma real autonegação, o carregar da nossa cruz, e tudo sentir e fazer por amor a Jesus em uma real e íntima comunhão em espírito com Ele, pouco ou nada de nossos esforços nos aproveitarão, para produzirem em nós aquela verdadeira santidade que procede de Deus. Pois é o próprio Jesus que afirma que se alguém quiser ser seu discípulo necessariamente deve negar a si mesmo, tomar a sua cruz diariamente e segui-lo. De onde se infere que aquele que não o fizer não pode ser ensinado e guiado por Ele nas coisas relativas ao reino do Céu.
Temos a ordem de nos santificar, mas é o próprio Deus que tanto opera em nós, o querer e a realização disso. É Ele quem nos santifica, por meio das operações do Espírito Santo, moldando nossa vida ao padrão da Sua Palavra.
Nossa parte é pedir, buscar, bater à porta, consagrar-se, ouvir, ler, meditar e praticar a Palavra, congregar com os irmãos, realizar boas obras, andar por fé e não por vista, pois é pelo atendimento desses meios que as graças com que Jesus nos supre pelo Espírito Santo, se mostram atuantes e eficazes para a realização do Seu propósito, de nos santificar para que nos tornemos à Sua imagem e semelhança.
Se não tivermos a direção, a instrução e o poder do Espírito Santo em nossas vidas, seja tanto para aprender quanto para praticar, jamais poderá ser dito de nós, que estejamos sendo santificados, por maiores que sejam todos os nossos esforços.
A mortificação do pecado que nos é ordenada, por exemplo, deve ser realizada pela nossa vigilância contra todo pecado e rejeição de todos eles, mas é o Espírito Santo que produz esta mortificação para nós, enquanto nos empenhamos em não entristecê-Lo, pela prática de qualquer pecado que seja.
Ao longo do nosso estudo será abordado diversas vezes, o assunto da mortificação do pecado com o despojamento do velho homem e o revestimento do novo homem, pelo crescimento das graças do Espírito na nova natureza, mas não se pense em tempo algum que a santidade seja algo que se refira apenas ao nosso aperfeiçoamento moral e espiritual, quanto a vermos o pecado cada vez mais enfraquecido em nós, e a graça cada vez mais forte, pois o que se tem em vista é principalmente, que sejamos habilitados e capacitados a fazer a vontade de Deus especialmente no que se refere a O amarmos e ao nosso próximo, buscando ganhar almas para Cristo pelo exercício deste amor, e o exercício de nossa parte tanto de misericórdia, longanimidade, e perdão para com todos os pecadores.
Evidentemente, isto sempre deve ser segundo instrução do Espírito Santo, para que se evite lançarmos as coisas santas e preciosas do Evangelho àqueles que as desprezam e rejeitam de forma deliberada, para que o nome de Jesus não seja desonrado e escarnecido pelos tais.
Mas, a nenhum que se mostre convicto de ser pecador e necessitado da salvação de Jesus, devemos ocultar ou negar apresentar-lhe o caminho da salvação e orar em favor de sua alma junto ao Senhor.
É portanto, por meio da santificação que podemos nos tornar úteis nas mãos de Deus, para a edificação do reino de Jesus na Terra. Somos chamados a ser servos do Senhor para a Sua exclusiva glória, e é somente por meio de vidas santas e purificadas do pecado que podemos nos empenhar com sucesso em tão extraordinária obra.
“21 Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.
22 Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.
23 E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas.
24 Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente,
25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,
26 mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” [II Tm 2: 21-26]
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