Introdução
“4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
5 a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” (Jo 1.4,5)
“...as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz.” (I João 2.8b)
“O Senhor disse que habitaria nas trevas.” (II Crôn 6.1b)
“Aos retos nasce luz nas trevas; ele é compassivo, misericordioso e justo.” (Sl 112.4)
“Não te alegres, inimiga minha, a meu respeito; quando eu cair, levantar-me-ei; quando me sentar nas trevas, o Senhor será a minha luz.” (Mq 7.8)
“78 graças à entranhável misericórdia do nosso Deus, pela qual nos há de visitar a aurora lá do alto,
79 para alumiar aos que jazem nas trevas e na sombra da morte, a fim de dirigir os nossos pés no caminho da paz.” (Lc 1.78,79)
“35 Disse-lhes então Jesus: Ainda por um pouco de tempo a luz está entre vós. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
36 Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. Havendo Jesus assim falado, retirou-se e escondeu-se deles.” (Jo 12.35,36)
“44 Clamou Jesus, dizendo: Quem crê em mim, crê, nâo em mim, mas naquele que me enviou.
45 E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.
46 Eu, que sou a luz, vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” (Jo 12.44-46)
“5 E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas.
6 Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade;” (I Jo 1.5,6)
“9 Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas.
10 Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço.
11 Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.” (I Jo 2.9-11)
“6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?
7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;
10 e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.” (Is 58.6-10)
No mundo natural, sem luz não há visão. De igual modo, no mundo espiritual também não há visão sem a luz da única e verdadeira fonte de toda visão espiritual santa e celestial – nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando disse ser a luz do mundo, e que aquele que nele está não anda nas trevas, não recorreu a uma frase de efeito poético ou metafórico, mas à mais exata expressão da verdade espiritual, de maior peso ainda do que à que se refere de que não anda em trevas quem está sob a luz do sol.
Dizemos ser de maior peso porque a luz natural ilumina apenas o exterior, mas a de Jesus ilumina o interior, o entendimento, o espírito.
É luz que expulsa as trevas da incredulidade, da ignorância e tudo aquilo que se opõe ao conhecimento da pessoa e da vontade de Deus.
Sabendo que todas as pessoas chegam a este mundo em estado de trevas espirituais, em razão do pecado original, deve ser devidamente considerado o fato de extrema importância de que Deus brilha, portanto, em trevas, as quais somos nós em nossa condição natural.
Daí serem tantas as passagens proféticas bíblicas em que Deus afirma que habitaria em trevas espessas.
Ele condescende, a par de ser totalmente luz e santo, em habitar em pessoas tenebrosas para ser a fonte e a causa de transformá-las também em luz, para que brilhem irradiando a Sua glória.
Por isso é tão ofensivo ao Senhor a justiça própria daqueles que se consideram luz em si mesmos, pois além disto consistir num grande engano, também furta de Cristo a glória que lhe pertence total e exclusivamente.
Se é somente por Ele que se pode chegar a enxergar as coisas que são espirituais, celestiais e divinas, pois nenhum outro possui o poder de nos curar de nossa cegueira relativa a estas coisas, como poderia o Deus único e verdadeiro suportar a presunção de alguém afirmar que enxerga, enquanto permanece cego?
Este era o grande erro dos escribas e fariseus do passado, que foram severamente repreendidos por Jesus.
Nosso Senhor destacou principalmente a cegueira deles, nem tanto porque se recusassem a entender a verdade que eles tanto atacavam, mas por se recusarem a serem curados por Ele, em razão da sua incredulidade.
Eles estavam apegados às suas convicções e hipocrisia e jamais permitiriam que um trabalho fosse feito em seus corações convertendo-os das trevas para a luz.
Daí as repreensões de Jesus contra eles que encontramos no texto de Mateus 23, como as seguintes:
“16 Ai de vós, guias cegos! que dizeis: Quem jurar pelo ouro do santuário, esse fica obrigado ao que jurou.
17 Insensatos e cegos! Pois qual é o maior; o ouro, ou o santuário que santifica o ouro?
18 E: Quem jurar pelo altar, isso nada é; mas quem jurar pela oferta que está sobre o altar, esse fica obrigado ao que jurou.
19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo quanto sobre ele está;
21 e quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assentado.
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.
24 Guias cegos! que coais um mosquito, e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança.
26 Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo.”
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