Prostrada vi que todo o tempo lá estavas,
camuflado em abstratas formas, perfeito.
Se tua força meu racional manda às favas,
por que o ar se rarefaz torturando o peito?
Tão atordoada com teu destoante esboço
mergulhei no confuso caos dessa razão.
Sentimentos querendo implodir o esforço,
para que um tal domínio me volte à mão.
Coração tombado pela confusa marcha
dos sentidos despertos, perfilados, armados,
desafiando as certezas que deixaram marca
no fogo cruzado entre os querelantes lados.
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