Já vejo um raio de luz
aquele que me conduz
Logo cedo
vou para o emprego
venço o meu medo
O dia começa bem com o sol a sorrir
Dizia-se do além que o jogo de futebol era a seguir
Íamos para o trabalho fazer as obrigações
Comíamos, no almoço, só alho para poupar alguns tostões
Para sobrevivência, só comprávamos o barato
Era inteligência, mas um bocado chato
Férias sempre foi a conquista
Novas Américas a espalhar a fé do capitalista
Mas os tempos passavam e muitas coisas mudavam
Os sentimentos de dentro mostravam empatia e simpatia e alcançavam
O ponto de relaxamento
No momento
Não estava pronto para o encerramento
Parecíamos infinitos
mas não tremidos
quando as raparigas nos chamavam bonitos
Passávamos por pessoas há muito tempo conhecidas
Elogiávamos as boas por elas serem queridas
Víamos o sofrimento dos pobres e ajudávamos como pudéssemos
Eles, mesmo com mau tempo, eram nobres e mostravam-nos que não eram péssimos
Éramos todos pessoas sensatas, honestas, o que hoje em dia é raro
Não éramos rascas nas festas mas também não era caro
Rimávamos a cores, preto e branco e sépia
Agora este tipo de cantores estão cheios no banco e rimam para agradar os média
Usam esta arte porque é moda
Está por toda a parte, é por onde roda
Estou feliz pelo que esses tempos alcançaram
Mas, infelizmente, acabaram
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