“8 Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.
9 Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.
11 Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco.” (Gál 4.8-11).
Paulo chama a Lei cerimonial e civil do Antigo Testamento, e a própria Antiga Aliança de rudimentos fracos que os gálatas queriam servir.
Eles eram pagãos antes de terem vindo a Cristo, isto é, não tinham nenhum conhecimento sobre a vontade revelada de Deus nas Escrituras, e não eram contados em suas nações com o povo de Israel, que era a única nação com a qual Deus estava aliançado no Velho Testamento.
Não que Ele esteja agora propriamente aliançado com todas as nações da terra, mas na dispensação da Lei nenhuma outra nação se encontrava debaixo do regime teocrático, senão Israel, de modo, que naquele tempo todas as demais nações eram consideradas pagãs.
E cada uma destas nações, serviam aos seus falsos deuses, até que Cristo veio, e muitos destes pagãos se converteram ao Deus vivo e verdadeiro, como foi o caso dos gálatas, de maneira que deixaram os falsos deuses deles para servirem unicamente ao Senhor que eles passaram a conhecer pessoalmente pela revelação do Espírito Santo em seus corações.
Mas ainda que alguns deles ou a maioria deles apesar desta experiência pessoal com Deus, não o conhecessem da maneira pela qual convém ser conhecido através de um amadurecimento espiritual em santificação que nos habilita a conhecer melhor qual é o caráter e vontade do Deus que servimos, no entanto todos os filhos de Deus, sem uma única exceção, são perfeitamente conhecidos por Ele (II Tim 2.19).
Por isso, no ato de se voltarem para os rudimentos fracos da Antiga Aliança, tendo uma vez sido revogados por Cristo, eles eram mais indesculpáveis do que os próprios judeus, porque, afinal, não haviam sido educados nos costumes deles.
Eles serviam a ídolos, e conheceram a santidade do Senhor pelo Espírito e pela palavra do Evangelho, e agora estavam deixando uma adoração espiritual, na liberdade do Espírito, por uma adoração cerimonial que se baseava em guardar dias, meses, épocas e anos sagrados.
É provável que estivessem guardando as festas dos tabernáculos, o sábado da Lei com todas as suas prescrições cerimoniais previstas na Lei de Moisés, e todas as demais festas e celebrações judaicas.
Deus é espírito e deve ser adorado somente em espírito. Deus é verdade e deve ser adorado somente em verdade. E a graça e a verdade foram trazidas por Cristo, de modo que não se sirva mais a Deus nas bases de um antigo pacto que Ele revogou.
E lembremos que Deus nunca prometeu salvar qualquer pessoa pela observância religiosa, de cerimônias e rituais.
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