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ESTAÇÕES da VIDA
Tânia Du Bois

“Pétalas ao chão... / Primavera chegou! // O verão chegou /
...A vida clareou! // O outono brotou ... / Raízes ficaram! /
No inverno pleno / A palavra fria dita / Na alma marcada” (Benedito C. Silva)

     As estações são pinturas compostas de elementos naturais que definem a vida. São paisagens que estão na imaginação de cada autor/leitor. São expressões que podem ser reveladas e movidas pela literatura. Segundo José R. Rodrigues, “A vida não é paisagem: / árvores e flores em torno. / É uma grande viagem sem retorno.”
     As estações, nas entrelinhas, são garantidas pela inspiração dos escritores: se diferenciam por suas palavras marcantes, viajam nas asas da vida e deixam marcas trazidas pelo vento, alimentando a alma. Alberto da Cunha Melo, indaga “Porque o amor não continua? / ...Quem não recorda / quando a distância suas Rosas / pelo ar recebiam o amado?...”
     Estações da vida são a sonoridade e a harmonia no poema. A poesia garante o embarque perfeito em cada nova estação. Os versos dão tons e cores que brilham em cada nova linha, como em Maria de Lourdes Cardoso Mallmann, “A vida é colorida! / ...Os anos passam lentos / não existem tormentos. //...É verão! / ...O ar é quente, é paixão / que envolve com a emoção. / É hora de realizar / é tempo de semear. // ...É outono! / É a vida passando / na ilusão que está findando. // ...É o inverno! / O branco do cabelo / reflete a vida no espelho”.
     Na estação da vida podemos nascer em qualquer idade e renovar continuamente o pensamento através de ideias concentradas na diversidade dos fatos, ao perceber os caminhos no exercício da arte de viver. O mundo se torna mágico quando as estações da vida são misturadas com palavras sem perfumar a flor e expressam a arte, cujo significado lírico é o girassol. Carlos Nejar no livro, Chapéu das Estações, reflete: “...Nossa pátria: / andar à margem / com o chapéu das estações / e nenhuma bagagem. // ...Um gibão de sementes / nas palavras...”
     A natureza eleva a imaginação e, ainda, nos traz a apresentação dos imprevistos, através das estações. A reação é emocionante porque as estações cumprem os sonhos e desvelam os segredos da vida, num encontro consigo mesma: treinar o olhar sobre a natureza e exprimir emoções, como representa Pedro Du Bois, “Estações // vezes, faço frio invernal / do tempo; outras / a razão principal ensolarando noites desprezadas; ainda / o dia antepassado / ao grito do vento uivante: morros romanceados em medos.”
      Quem está no comando da própria vida, exala criatividade e atitude, que são as estações da vida, como em Gilberto Cunha, “...a vida funciona como uma rede autopoética envolvendo relações..ela produz continuamente a si mesma.”


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
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