Às vezes pensar demais, atrapalha.
O tempo todo estamos fazendo escolhas. O tempo todo. Reparem! Seja onde almoçar, o que almoçar, o que falar, o que fazer, como falar, etc..
Quando você tem um problema, seja ele real ou inventado, o pensamento pode piorar tudo.
Ando pensando demais, em tudo. Tudo mesmo. Na vida, na morte, no amor, na dor, nas facilidades e dificuldades. Na alegria, na tristeza, na saúde, na doença. Em tudo mesmo.
Estou sofrendo de pensar demais. Aliás, esse problema me acompanha desde que me entendo por gente. Talvez se eu não fosse assim, seria mais tranquila e feliz. Talvez!
Eu andei meio reclusa no meu mundo “encantado”, após um trauma. Decidi que viveria ali por um tempo, sozinha de tudo! Aliás, eu e Deus, porque senão não haveria possibilidade de nada. Não queria mais ninguém na minha vida, além das obrigatórias: família, colegas e amigos.
Fiquei bravamente resistindo durante um ano e meio. Quando finalmente resolvi abrir as janelas e portas cerradas há muito. Digo cerradas, porque a gente, no fundo no fundo, nunca fecha por completo. De repente, acordei e disse firmemente que agora deixaria alguém entrar. Conversei com Deus e disse que queria. Que estava pronta.
Me preparei toda para esta abertura e fiquei esperando. E não é que apareceu!? Apareceu. ELE bom demais, atendeu. Claro que meio diferente do que eu esperava, mas até que bem acertado. Pra ser honesta, do jeito que eu gosto! Abri a menor portinha existente, e deixei-o entrar. Ele estabanado, não entendeu e entrou como um furacão. Eu também um furacão adormecido (se é que existe isso) tentei acompanhar. Mas fui menos corajosa que ele. Bem menos. Medrosa que só, fui tateando devagar, com incomodo e cautela, pois o sofrimento anterior quase me matou.
Quero amar e ser feliz. Quem não quer. Se a gente nasce e morre atrás disso?
Só que, parece que sou PHD em estragar uma possibilidade. Quem quiser saber me pergunte. Sei tanto que posso ensinar de graça. E não acho graça! Poxa que boba, tão bacana, e eu tão insana. É pra rimar mesmo, só que não tem graça.
Também não soube entende-lo, deixa-lo me tatear e confortá-lo de forma que ele me deixasse tatea-lo. Eu quando gosto de alguém, independente do tipo de relação, gosto pra valer.
Quero cuidar, ajudar, tá perto o tempo todo (para o caso de alguma emergência), quero abraçar, quero beijar. Ufa! Quero tudo a que tenho direito. Mas não fui compreendida. Parece que sou sufocante.
Recebi um estou apaixonado por você no ouvido. Reverberou e me deixou tonta. Tonta de alegria e de medo. Minha reação foi perguntar demais pra mim: é verdade?
Vocês devem estar se perguntando: como assim? Então deu certo menina.
Certo nada, eu sou besta de assumir alguma coisa? De dizer que é recíproco? Sou, sou besta sim, de não fazer isto.
Fui incompreendida e mal-entendida. E mal entendi também, porque do outro lado também existe dificuldade. Sabe o que fiz? Apliquei a técnica de como estragar uma possibilidade. Lá vai a receita:
Pegue uma possibilidade que você quer muito e que está acontecendo.
Aplique doses de bom humor, divertimento, e sensações maravilhosas.
Coloque doses maiores de incertezas, cobrança, crítica, com uma pitada de chatice. Capricha né?
Mistura tudo por alguns dias. Depois cobra de novo, se desentende e mal entende, com má comunicação das duas partes. Mistura mais uns dias.
Num domingo a tarde, coloque pitadas insistentes de pensamentos não devidos e no dia seguinte, escreva um correio terminando tudo.
Pronto! Tá estragado!
He lelê! Vai ter talento assim lá longe. Agora estou arrependida, e querendo consertar as coisas. Diria retomar, mas...
... de verdade, não sei se é tarde! Ou se o é.
Vou pensar mais um pouco pra ver se acho uma saída. Se alguém tiver conselho pra dar, pode mandar. Agradecerei.
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