Um copo na mão. Meia luz. Uma música relaxante. E pensamentos. Ah os pensamentos!
Já falamos dele em outra oportunidade, mas ainda será assunto para outras tantas.
Pois é, como sempre, andei pensando. Pensando em tudo. Pensando em mim. E descobri que pensei em tudo, menos em mim. Loucura? É realmente é uma loucura.
Mas ora, como eu não penso em mim, se penso em tudo, se penso em soluções e decisões pra minha vida? Isso não é pensar em mim? É sim, mas de forma diferente.
Pensar em mim, de verdade, é pensar em como estou e se está acontecendo algum desvio que está me tirando do trilho. E ando precisando focar.
Acho a palavra FOCAR tão bonita. Diz-me tanta coisa. Resume uma parte de mim.
Mas também me lembra daquele animalzinho, bonitinho, fofinho, gordinho. E interessante! As focas costumam ficar em regiões de águas calmas, com rochedos e bancos de areia. Eu também gosto de águas calmas, dá pra nadar. Pensar. E tomar decisões, por ora mais acertadas.
Ando fazendo coisas feias. Utilizando do egoísmo e de, como posso dizer? De artefatos? Artimanhas? De modos? É, modos, que não deveria. Que não condizem com minha personalidade e valores. Nada grave, mas conflitante.
Fico me perguntando se só eu só assim, ou se todo mundo vive essas inconsistências. É muito profundo. Talvez mais profundo que possamos compreender.
A cada dia que passa, me pergunto ainda mais o motivo de ser quem sou, de estar aqui, e ser assim, de viver as coisas que vivo.
Não estou melancólica, sofrendo. Só estou meditando. Refletindo, essa seria a melhor definição.
Fico me perguntando se só eu sinto essas coisas, passo por essas coisas, que a gente sabe o que é, mas não sabe explicar. Ou se todo mundo passa por isso.
Sabe que quer tanto. Pode tanto. Deve tanto. Mas não ata nem desata.
Tudo o que disse em outros tempos, são fases, que na verdade são companheiras e fazem parte das coisas que vivo, sinto, e preciso mudar. Mudar pra continuar seguindo em frente.
Quero falar de coisas divertidas, engraçadas. Que na verdade, é como as pessoas me conhecem e se referem a mim. Pelas coisas engraçadas. Estou com medo de perder a graça.
Graça esta que o tempo atual, está me tirando por causa das confusões, pensamentos, saudades, desejos, possibilidades, enfim, da vida.
Mas o conforto vem junto, por essas coisas, que na verdade, é uma fase. Passageira. Aliás tudo passa, não é mesmo? Tudo passa. E eu sei disso muito bem.
Meus 35 anos, que parecem vividos 60, me acalentam. E é tão bom. Nessas horas o passado é bom conselheiro. Forte. Vibrante. Fiel. Verdadeiro. Leal. Como todo amigo tem que ser. Ai...
Que saudades das coisas bem alinhadas. Mas sei que daqui a pouco passa. Porque tudo passa. Não vejo a hora de rir de tudo isso, chegar. Porque ela chega.
Vamos aguardar, porque afinal, dias melhores sempre acontecem.
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