O povo falou pelas urnas. Precisamos respeitar a sua vontade. É disso que a Democracia se alimenta. Os vencedores terão pouquíssimo tempo para comemorar. Logo as cobranças começarão aparecer aqui e ali. Para os perdedores, além de limpar as gavetas, restará o consolo de que quatro anos passarão rápido demais.
A política brasileira é apoiada em três pilares principais. São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Então quando se olha para 2014, estamos num autêntico 0x0. Para os analistas políticos, o ex-presidente Lula, foi o grande vencedor. Percebe-se claramente que o seu dom maior não é fabricar ”postes iluminados”. Lula sabe como ninguém manipular a política.
Quem saiu grandemente ferido desse embate foi o PSDB. Os tucanos demoraram a perceber a fadiga de material e de ideias. Nada como uma derrota bastante dolorida para acordar. E derrotado pelo PT, desta vez, dentro do seu ninho, José Serra foi o grande perdedor dessas eleições.
O PMDB ainda é o maior partido. Estranha é a sua falta de vontade pelo protagonismo. Prefere viver gravitando na sombra de quem está no poder. O novo dessas eleições se chama PSB. Ainda não sabemos muito da ideologia do seu DNA, porque nessas eleições, dependendo do lugar, foi apoiado pelo PT ou PSDB.
Vislumbrando a sucessão de Dilma Rousseff, o PSB pode ser o fiel da balança. Mas, não me espantaria se o partido resolver praticar seu primeiro voo solo. Se em 2010, uma parte considerável dos eleitores, (19%) preferiu a novidade chamada Marina Silva, daqui dois anos o PSB poderá preencher este lugar.
Mais uma eleição terminou. O tilintar das urnas eletrônicas silenciaram. De agora até dezembro ouviremos um novo tilintar. O dos caixas dos comércios. Aos poucos a festa da fé e da cristandade, está sendo engolida pelo capitalismo. O que seria do Natal sem os presentes. Sem as vendas. Sem lucros.
Para desespero de alguns, as estrebarias e presépios agora são high tech. Sem perceber, o mundo cristão vai se desconectando da sua essência. Mesmo que um dia o Natal já tenha sido uma festa pagã, hoje ele é o grande pilar das escrituras bíblicas. O carro-chefe da Igreja Católica.
No ocidente, o Natal é o maior negócio do ano. Com neve ou com calor, os outdoors extravasam a hipnose comercial e material da época. Esse hipnotismo começa ainda quando somos crianças. À medida que crescemos, a hipnose vai piorando. Uma linha tênue separa a fé da perplexidade de não saber o que ela significa.
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