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Texto selecionado
SÓ NETO |
Moacyr Medeiros Alves |
Tentando fazer um soneto
Pra louvar meu avô, inspirado poeta
Compreendi que de poeta sou só neto
Não consigo uma rima correta.
Fabricaram com defeito minha lira?
Ou minha musa morta nasceu?
Poeta não sou, nem de mentira...
(Soluços...) Só neto de poeta, sou eu.
Vovô -ele sim!- pinta e borda com seu estro:
É Genial!... É Divino!!... É Maestro!!
E, embora também seja Alves, não é o Castro
Mas eu, que nada herdei do seu talento,
Só me orgulha ser seu neto,
Pois sei que sou mero poetastro.
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Biografia: - Moacyr Medeiros Alves, o Moa, como gosta de ser chamado, nasceu em Agudos (SP) em 08/03/1936, já órfão de pai -- seu pai faleceu 6 meses antes de seu nascimento.
Sua mãe, viúva com 5 filhos, mudou-se em princípios de 1.940 para a capital do estado, indo morar em habitações coletivas, os chamados cortiços, no bairro do "Bixiga", onde ele passou a infância.
Em dezembro de 1.950 o Moa, que já trabalhava desde os 9 anos de idade, ingressou como "office-boy" na organização Philips, empresa holandesa do ramo eletrônico.
Trabalhando de dia e estudando de noite, conseguiu, com sacrifício, concluir o curso técnico de contabilidade.
Em 1.959, aprovado em concurso público, entrou para o quadro de escriturários do Banco do Brasil onde trabalhou até 1.982, aposentando-se como gerente-adjunto da agência de Itararé (SP).
Grande apreciador do cancioneiro popular brasileiro, do período que abrange a denominada "Época de Ouro" de nossa música, tem em sua discoteca, entre LPs e CDs, obras de quase todos os cantores e instrumentistas do tempo em que -- como dizia o radialista Rubens de Moraes Saremento -- "as fábricas de pandeiro davam lucro".
Além de escrever "abobrinhas", como ele próprio define seus escritos, o Moa tem ainda como "hobby" a leitura e a fotografia.
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Publicações de número 1 até 10 de um total de 32.
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