Cansei de tentar ser um brasileiro consciente, participativo, preocupado com os destinos deste País. O Brasil, lamentavelmente, é uma republiqueta de sei lá, 3ª, 4ª ou 5ª categoria no quesito das Falcatruas e Corrupção. Percebe-se que o brasileiro via de regra, não AMA este País. E este Paíssó será um Grande País, quando os brasileiros aprenderem que esta é a terra em que nascemos e que nós somos os responsáveis diretos pelo seu crescimento, pelo seu amadurecimento como Nação ou pelo seu Grande Fracasso.
O País vive ainda hoje (e já faz muito tempo),a página mais negra de sua história. Nunca tivemos tanta Corrupção, tantos Corruptos e tantas Impunidades juntas, de todos os níveis e matizes como vemos agora. O s homens que deveriam ser responsáveis por traduzir os anseios de uma Nação carente, sofrida, vilipendiada por figuras medíocres, são os primeiros a agir como reles assaltantes da carteira alheia. O povo, se reúne aos milhares em uma praça pública para colocar com alegria frenética a Pátria nas chuteiras da seleção brasileira ou de seus times do coração e, se omitem na hora de colocar o Brasil dentro de seu coração num momento em que a vergonha de termos tantos políticos Corruptos, medíocres, coniventes e incompetentes, com toda a sorte de sandices, denigre uma Instituição que deveria representar a galardia do "Morrer pela Pátria", se assim for necessário.
O Brasil, parece não ter jeito. Somos uma Pátria que se arvora o direito de ficar incrédulo com tantas sacanagens (mais sacanagens, que a casa da Luz Vermelha), mas que se mostra incapaz de reagir contra isso. Estamos em uma nova espécie de escravidão, a escravidão da falta de opção. Somos compelidos diariamente a tomar atitudes que, em muitos casos, ferem nossos princípios enquanto ouvimos que o politicamente correto é isso ou aquilo. Fechamos os olhos para a multidão de crianças que se prostituem nas esquinas, becos, praias e casas de prostituição, mas não fazemos nada para que isso seja mudado. Nos indignamos, quando vemos uma criança de 12 a 16 anos portando uma arma, matando pessoas como se matam vermes, mas nada fazemos para mudar este estado de coisas. Nos indignamos, quando vemos um político que deveria representar com dignidade o cargo para o qual foi eleito pelo exercício pleno da democracia, sendo flagrado agindo com a falta de escrúpulos de marginal de beira de estrada, mas lhe damos nossos votos para que eles voltem a roubar protegidos pela impunidade parlamentar.
Somos no mínimo um Povo Medíocre, para não adjetivar de outra forma. Assim, como somos um País Medíocre. Apesar de tudo, somos também um Povo esperançoso e alegre por natureza, vivemos na eterna ilusão de que um dia este País terá, em seus cargos mais importantes, alguém que verdadeiramente se preocupe com os desejos e necessidades de nossas crianças, de nossos adultos, de nossos jovens e nossos idosos principalmente. Somos um País carente de quem cuide de nós brasileiros.
Confesso, eu cansei! Perdi meu tempo aqui. Releguei a segundo plano minha vida pessoal e profissional por que acreditava que, demonstrando e trabalhando pela insatisfação que me amargurava o coração com tudo o que assisto e assisti, exerceria minha condição de cidadão e mantive a esperança vã de que pudesse ser ouvido e juntar critos de rebeldia cada vez mais numerosos que desse um basta à tudo de ruim que temos assistido sistematicamente. Pura balela. Isso não interessa aos poderosos de plantão. Defendi aqui idéias nas quais acreditava de verdade. Fui atacado veementemente por tê-las defendido como se fôra eu o marginal. São bem poucas as pessoas que alcançam uma verdade para mim imquestionavel: Não há zelo maior com o Mundo, o que inclui o Brasil, do que detestá-lo às vezes. Não há safadeza maior do que declarar permanentemente o seu AMOR pela VIDA, pela PÁTRIA, pela FAMÍLIA e pelo seu SEMELHANTE, e sem nada fazer. O homem que verdadeiramente AMA precisa aprender imediatamente a odiar algumas coisas incondicionalmente. Particularmente, quando fecho a porta (algumas delas), faço-o com delicadeza, sem ruídos que dêem conta da minha raiva, semm vacilos que dão conta da minha decepção. Mas por essas coisas da vida que não se explicam, sempre me é dado o momento do desfecho, da notícia súbita, do choque de saber primeiro, da confidência que paira como um segredo que devo despertar como as flores do mal.
Ah! Como eu queria ser daqueles tipos que são os últimos a saber. Mas devo transmitir uma confiança Celestial e uma segurança diabólica disposto a compreender cada desatino da vida que às vezes passa cortando feito caco de vidro.
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