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Democracia e Educação como Convivência Democrática
Ser ou Estar Educado num País que os reais Valores estão dilacerados
Renildo Vicente de Queiroz

Resumo:
O Estado Democrático de Direito aos meus olhos, estão totalmente destroçado e aniquilado pelas forças (não ocultas), existentes nos Três Poderes da República.



São recorrentes e geralmente aceitas afirmações tais como: “o homem é um ser social” ou “o homem é um ser político”. Também está assegurado, na opinião pública, o lugar positivo atribuído à cidadania. Marcadamente no Brasil, essas idéias estão consagradas, sobretudo em ambientes educativos, tanto nas práticas quanto nos discursos. Basta lembrar que o primeiro artigo do capítulo sobre Educação na Constituição da República (artigo 205) atribui três objetivos gerais à Educação brasileira: “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Contraditoriamente, em toda parte, a vida social infelicita porque é caracterizada pela Desigualdade e a atividade Política não é atraente porque traz muito desgosto, uma vez que os políticos profissionais, seus partidos e coligações não respeitam claramente os grupos sociais e seus diferentes interesses em confronto ou concorrência. Dedicam-se, em sua maioria, a ampliar seu próprio Poder. É possível que esse seja o principal motivo pelo qual a política veio adquirindo uma conotação negativa na opinião pública, ao passo que a Cidadania é associada a um valor positivo, à idéia de afirmação de direitos e à de responsabilidade pelo bem comum, embora originalmente o mundo da política e o da Cidadania seja exatamente a mesma coisa.
A desigualdade e o desinteresse pelo governo são dois sinais da falta de Democracia, considerando-se a Igualdade e a Cidadania (solidariedade que se expressa em corresponsabilidade) como dois dos três elementos constitutivos da Democracia (ver Touraine, 1.996). O terceiro é a Liberdade, que pode ser entendida como luta contra Poderes que tendem ao absoluto, especialmente pelas Leis, que limitam o Poder do Estado ou de Particulares. Há alguns momentos da vida nacional em que as reclamações e os impropérios mais inéditos dirigem-se especialmente contra o processo eleitoral.
Aquele momento democrático das eleições – tão ansiosamente desejado e a duras penas conquistado em uma história excludente torna-se, para muitos, um incômodo e motivo de irritação. Fica, inclusive, um hábito recorrente: vociferar contra a perturbação do aparente sossego no qual se supunha estar e, agora, afrontar a exigência de ter de fazer escolhas, participar, tomar partido. Democracia dá muito trabalho. Atrapalha o trânsito. Ocupa o tempo televisivo com aquela obsessão ansiada por alguns. Torna as ruas das cidades repletas de cartazes, faixas, carros de som, bandeiras. Invade o espaço do rádio de forma intermitente, parecendo uma infinita Voz do Brasil recheada só com propostas partidárias, promessas e planos.
A Democracia irrita? Não deveria. Quase toda a nossa história republicana – sem contar a totalidade do período Colonial e do Imperial – foi sem a Democracia. Ora, não esqueçamos jamais: são 502 anos de fundação da Nação e apenas 13 anos de Democracia formal plena; afinal, somente nas eleições de 1.989, cem anos após a Proclamação da República, todos os cidadãos e cidadãs puderam participar do pleito, sem ter os direitos políticos seqüestrados, por serem vítimas sociais do analfabetismo. Em função disso, ao contrário do tolo vaticínio que supunha a incapacidade popular de fazer escolhas adequadas, foi exatamente a partir da garantia desse direito constitucional que nosso país passou a contar com inúmeras experiências de gestão Municipal e Estadual voltadas para os interesses da maioria, além de parlamentos (nos três níveis) compostos por muitas pessoas marcadas pela lisura, pela honestidade e pelo comprometimento público.
Não é claro, condição majoritária, da qual já possamos nos regozijar e proclamar a Vitória da Ética sobre a patifaria e a rapinagem; mas, sem dúvida, falhou a profecia daqueles que imaginavam que, quanto mais presença popular massiva nas práticas democráticas, mais se afastaria o país da “direção correta”. Por isso mesmo, em sua derradeira obra escrita em vida, Paulo Freire afirmou que “para me resguardar das artimanhas da ideologia, não posso nem devo me fechar aos outros, nem tampouco me enclausurar no ciclo da minha Verdade.
Pelo contrário, o melhor caminho para guardar viva e desperta a minha capacidade de Pensar certo, de Ver com acuidade, de Ouvir com respeito, por isso de forma exigente, é me deixar exposto às diferenças, é recusar posições dogmáticas, em que me admita como proprietário da Verdade”.
Na Democracia é preciso ouvir, prestar atenção dispor-se ao envolvimento, recusar a passividade, rejeitar a conivência e acolher a decisão da maioria. A Democracia educa a nossa convivência e, mais do que tudo, permite que sejam renovadas as nossas Utopias. Tudo isto obviamente, passa pela Capacitação Educacional Sistêmica e Continuada que os nossos Poderes Constituídos em todas as esferas deveriam proporcionar, a todos os brasileiros do Norte ao Sul do Leste ao Oeste. A inclusão de todos os brasileiros aos Benefícios do Desenvolvimento Nacional seria um bem maior que alguns de nossos dirigentes poderiam e deveriam se preocupar com maior assiduidade, ao invés de ficarem se preocupando em saber quem pode prometer mais e cumprir menos nessa ou naquela eleição. Nossos futuros dirigentes políticos, deveriam Perseverar na Senda do Aperfeiçoamento do Sistema de Ensino Global, caminho este, único capaz de aglutinar toda uma Nação. O processo de evolução do povo brasileiro menos abastarda pela sorte ou oportunidade, deveria sim sem dúvida nenhuma começar pela nossa Educação tão somente. Esta é uma Bandeira a ser desfraldada por todos àqueles políticos, que se dizem agir de uma maneira Justa e Perfeita com seus Eleitores.




Biografia:
Consultor Técnico em Biotecnologia Molecular de Ponta,Escritor e Analista sócio-político-econômico.
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