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BI
uma estória de paixão
Augusto Cesar Pereira

Resumo:
Ela sentia tesão em ver as amigas e isso a pertubava, casou e teve uma boa relação, mas se realizava nos braços de outra mulher.

Não consigo lembrar neste instante o dia, nem a hora que senti esta atração por uma pessoa do mesmo sexo que o meu. No entanto não foi ao desejar um abraço, um beijo, fazer um carinho que senti vontade de ter outra mulher na cama.
     Tudo foi acontecendo de forma natural. Cada dia eu via nelas algo que agradava-me e ao mesmo tempo não fazia-me sentir vergonha de tais sentimentos. Era excitante,prazeroso. Eu pensava e logo estava sentindo a umidade do meu ser, nas entranhas uma quentura, algo que devaneava e leva-me ao paraíso.
     Ao casar tive na cama um homem bom, sexualmente perfeito. Dele não posso nada reclamar. O que sento é sua falta em casa todos os dias. Suas intermináveis viagens, fez com que eu encontrasse em outras companhias, no trabalho, na escola e entre minha família, pessoas que tinham tempo para escutar-me.
     Passei a ler mais e aos poucos encontrei nas leituras um alibi para atingir meus desejos mais secretos. Cada livro lido eu buscava nas entrelinhas algo sugestivo que leva-me ao delírio e ao prazer solitário. Na internet busquei estórias de pessoas que sentiam este mesmo desejo. Ser acariciada e desejada por outra. Ter na cama alguém que pudesse e eu também amar. Encontrei muitas e tive medo. Pela primeira vez pensei que não era possível ter uma relação com alguém e tudo foi ficando mais distante, mais insólito, resisti muito tempo. Sozinha eu entregava-me aos prazeres solitários, aos sonhos não realizados.
     Foi num site de relacionamento que conheci pessoas carentes e como têm. Belas mulheres e aí realizei em conversas muitas fantasias, pensadas e dedilhadas antes na minha cama de casal, sozinha a noite. Desejei muito e cada vez mais este carinho, seus abraços, seus beijos, seios, vaginas. Cada uma que mandava-me uma foto eu gamava e aos poucos fui soltando minha libido. Como desejar sentir seu sabor agridoce que tem a cona feminina.
     Quando menos esperava surgiu uma oportunidade, uma bela moça, loura, olhos verdes, estilo alemã, falou e sorriu ao meu lado, puxou um assunto que não lembro bem, tenho lapsos de memória, mas que foi ficando agradável pelo seu sorriso franco. Do nada convidou-me para um café, estávamos no shopping da cidade, eu a comprar presentes de natal para a família, ela a pesquisar livros, era estudante. Tomei um café com ela e admirava sua beleza ao ponto de perguntar-me se a achava bonita. Sim com alegria respondi, mas com respeito, não queria e nem sabia até que ponto era a intenção dela na pergunta. Ficamos amigas e trocamos telefones. No mínimo uma vez por semana ela me surpreendia. Sua voz suave e educada, seu jeito de acordar do meu sono e do sonho de beijá-la. Não tive coragem de dizer-la o quanto queria está em seus braços.
     No dia que convidei para tomar o café em minha casa, sabia que seria mais que um café, mais que um biscoito, mas deixei acontecer, ela nunca tinha falado nada, seus desejos e seus anseios, falávamos de outras coisas menos sexos, as mulheres na internet são mais atiradas, e ela era paciente e excitante. Ao chegar beijou minha face. Na sala sentamos e conversamos um pouco. Sozinhas falamos e rimos de tudo. Ela foi aos poucos com seu sorriso embriagador falando dos seus sonhos na universidade, suas amigas e seus ex-namorados, da sua decepção pela forma como os homens a via. Um mulher comestível, sorriu e disse que homens são insensíveis, incapazes de fazer um carinho sem pensar em transar. Aquelas palavras aguçaram meu desejo de mulher e percebi que ela precisava de algo diferente, ou ela era diferente, a pessoa que eu procurava. Esqueci o café, e imos disso. Seu sorriso levou-me a uma indagação.
     Perguntei: Você tem atração por outra mulher.
     Ela demorou a responder e disse: depende da mulher.
     Fiquei pensativa, mas ela não deixou por muito tempo. Você é uma bela mulher e eu te desejo. Não tomamos o café naquele momento, Os beijos não deixaram. No sofá foi nosso primeiro momento de êxtase, de carinho, de tesão, de amor. Até hoje esta mulher me seduz, mas fascina, me enlouquece.


Biografia:
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