Neste mês homenageamos os mortos no Dia de Finados. Muitos visitam os túmulos dos seus entes queridos levando flores e velas. As pessoas têm saudades dos que se foram e sentem necessidade fazer uma homenagem como forma de respeito.
Mas, já pensou que interessante seria se as pessoas também criassem o Dia dos Vivos. Não como o dia das mães, dos pais, das crianças, porque considero estas datas bastante comerciais. Mas, um dia que nós dedicássemos a levar uma ajuda, seja material ou espiritual, para as pessoas que estão carentes.
Fico imaginando esse feriado nacional ou mundial, o dia dos vivos, em que todas as pessoas visitassem com a mesma devoção, hospitais, clínicas para dependentes químicos, presídios, comunidades carentes, orfanatos, asilos. Nesse dia faríamos doações, mutirões para reformar, pintar, consertar. Levaríamos também palavras de estímulo, de consolo, de ânimo.
Jamais vou contrariar a opinião das pessoas neste dia em que muitos homenageiam seus mortos, pois cada pessoa tem suas próprias crenças e seus sentimentos, os quais devemos respeitar. O que quero dizer é que deveríamos nos preocupar também com aquelas pessoas que ainda estão ao nosso redor e que muito precisam de nós.
Entre elas, acredito que nem precisaria citar os nossos familiares e amigos que também precisam de atenção e de carinho. Algumas pessoas brigam, maltratam, ignoram seus entes queridos quando ainda eles estão vivos. E, depois que os perdem, fazem homenagens, assim meio tipo – matou e foi chorar no velório. Usei a palavra matar porque o desprezo, a indiferença também é uma forma lenta de assassinar. É certo que nunca é tarde para arrependimentos, mas tudo o que quisermos fazer de bom para alguém tem que ser feito em vida. No nosso dia-a-dia temos inúmeras oportunidades de tratar bem as pessoas e fazê-las felizes.
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