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O RETORNO DE AGRIPINA
O Retorno de Agripina
Henrique Pompilio de Araujo

Resumo:
O imperador Cláudio chama Agripina de volta a Roma. Lá ele acaba se casando com ela.

02.O RETORNO DE AGRIPINA
     Logo após o assassinato de Calígula, Cláudio se torna o novo imperador romano. Autoridades locais tinham programado para que Calígula fosse o último imperador e Roma passaria a uma república, mas os imperadores nomearam Cláudio como o novo imperador.
     Cláudio era um medroso e vivia se escondendo de todo mundo. O homem era fraco. Foi até mesmo abandonado pela família. Não se sabe por que escolheram Cláudio para ser imperador de Roma.
     Já no poder, Cláudio tira Agripina do exílio e a traz de volta a Roma. Ela retorna e para minha surpresa, ela vem para Antium onde eu estava aos cuidados de Domícia Lépida que era casada com Crispo Passieno. Como minha mãe Agripina era muito bonita, Crispo acaba se apaixonando por ela. Divorcia-se então de Domícia e se casa com Agripina, mas ele teve morte muito rápida, não se sabe se foi arte de Agripina.
     O imperador Cláudio havia restituído todos os bens de Agripina e com a morte de Prisco, toda a sua riqueza veio para eles também. Eu passei a ser a pessoa mais rica daquela região.
     Quando tinha 13 anos, Agripina retorna a Roma e força eu a seguir com ela, depois de muito esforço. Então ela se casa com Cláudio que já está bastante velho. É meio caminho andado para o eu subir ao poder, embora não tivesse a mínima idéia deste pormenor. Quem queria governar Roma, na verdade era minha mãe Agripina, mas este direito a mulher não tinha. Ela então traça todas as artimanhas para que eu assumisse o poder. Para isto faz com que Cláudio me adotasse como filho. Ele não quer sob hipótese alguma, mas acaba me reconhecendo. Eu não me importava com isto, já estava crescido mesmo e não precisaria de um pai mais. E então eu passei a usar o novo nome dele, para seguir a descendência do padrasto: Cláudio Tibério Nero Cesar. Na verdade eu passei a ser o xodó do imperador Cláudio, pois até aquele tempo era um bom rapaz, sem ambição alguma. Era muito inteligente, alegre, desinibido. Era bem o contrário do filho legítimo dele: Britânicus.

     Nova artimanha é programada e o verdadeiro dono do poder, Claudio, veio a falecer, envenenado por Agripina. Disso eu já tinha certeza, porque minha mãe queria o poder de qualquer forma. Cláudio era um homem desleixado e acabou encontrando um péssimo destino. Enquanto o corpo de Cláudio jaz na cama, eu tive que assumir o poder, sendo obrigado por Agripina e Sêneca. Por esta época eu também já estava entrando na deles e assumi o poder. Livre de tudo e de todos, eu me tornei imperador, mas quem realmente dirigia o poder era Agripina com o Filósofo Sêneca.

     A princípio houve uma boa administração por um período de 5 anos. Roma se desenvolve muito neste período. Tudo estava em paz. Eu fazia tudo o que minha mãe e Sêneca queriam. Eu dava minha opinião também, mas era praticamente eles que estavam dirigindo tudo, embora todas as assinaturas tivessem que ser minha.

     Mas esta situação foi me cansando. Eu estava sendo um boneco nas mãos deles e todo dia tinha uma coisa para estudar e tomar uma atitude. Vi que havia muita ambição ali pelo poder, tanto por minha mãe, como por Sêneca.

     Então eu resolvi assumir o poder que eu tinha, mas eles não aceitavam e me disseram que eu não tinha experiência. E eles que experiência tinha? E por que me botaram lá? Após este período, trágicos acontecimentos acontecem e eu fui assumindo minha verdadeira personalidade. Como não tinho muita experiência em administrar nada, a turbulência começa. Não tendo nenhuma queda para governar, mas já que me colocaram ali, tinha que mostrar alguma coisa. Começo então a mostrar aquilo que realmente gostava de fazer: a minha arte. Eu era um grande artista e gostava de todo tipo de arte. Primeiramente este dom artístico foi mostrado ao meu círculo de admiradores que hoje sabemos que eram falsários, mentirosos, usurpadores, puxa-sacos, interesseiros. Mais tarde passei a me exibir em público. Com minha harpa comecei as minhas canções, a declamação de poesias, apresentações teatrais.

     Para os senadores e autoridades da época, aquilo era uma desonra, a queda, um horror. Como poderia um imperador chegar aquele ponto? Mas poucos chegavam a falar, pois seriam rechaçados impiedosamente. Arrumei uma briga séria com os senadores. Eles não aceitavam a minha atitude e pra complicar as coisas, não aprovavam nada do que eu queria. A administração foi ficando cada vez mais ferrenha. Houve muitos atritos com os imperadores e aquilo foi me deixando cada vez com mais ódio. Tinha vontade de matar cada um dos senadores.

     Falavam de mim, mas eram verdadeiras víboras e o que mais interessava a eles eram as propinas e isto eu também tinha cortado tudo. Por que dar dinheiro aqueles velhos safados? Já recebiam altos salários por ser senadores, mas para aprovar qualquer coisa tinha que dar a fabulosa propina. Quando não tinha outro recurso, eu dava a quantia pedida por eles, pois precisavam dos projetos aprovados, mas o que eu podia fazer sem eles, eu fazia.

     As minhas dificuldades foram-se tornando cada vez maiores e eu fui deixando muito de tratar das necessidades do império para divulgar a minha arte. Este foi o meu maior defeito. O povo em geral precisava de cuidado. Eu tratava bem uma parte do povo: os pobres. Estes eu de vez em quando distribuía alimentos e dinheiro. Os da classe média e ricos e havia deixado de lado. Isto foi o começo da minha ruína.


Biografia:
Henrique Pompilio de Araújo, nascido em Campo Mourão PR e radicado em Cuiabá MT. Começou a escrever desde cedo. Professor aposentado, bacharel em Direito e Teologia. Trabalhou em diversas escolas em Cuiabá e alguns jornais do Estado. Publicou sua primeira obra em 1977: Secos & Molhados - Poemas. Ultimamente publicou outros livros: "Flores do Além" Poemas, "Contos da Espiritualidade" - Contos, "Nas curvas da vida" Memórias, "Cinquenta contos" Contos. Há muitas obras ainda esperando edição.
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