Uma história enfeitiçadora de morte e intriga, escrita por Umberto Eco, situa-se nos confins de uma clausura do século XIV, no norte da Itália, e conta a envolvente busca de um monge franciscano, durante visita a um mosteiro beneditino, em desvendar o mistério das mortes de diversos monges.
William de Baskeville é possuidor de percepção elevada e de um claro orgulho intelectual. Acompanhado de seu noviço Adso de Melk, no mosteiro beneditino dão inicio a suas investigações, como verdadeiros “detetives” do século XIV, os dois acompanham com atenção os acontecimentos no mosteiro. Enquanto os beneditinos atribuem a morte de seus companheiros a forças satânicas, William, apoiado em suas deduções e estudos, começa a descobrir o verdadeiro motivo das mortes e suas relações com um determinado livro de Aristóteles.
É emocionante participar com William e Adso de cada conclusão e suposição. O filme é, do primeiro ao último momento, excitante, pois, em duas horas, consegue atender a qualquer platéia, mas também com cuidado especial de satisfazer a um publico inteligente. Méritos para o veterano Sean Connery que desempenha com grandeza o papel de William e para o jovem Christian Slater que, apesar de sua vida pessoal não tão compatível com a de monge, faz um brilhante trabalho no filme com o papel de Adso. Sem esquecer, é esquecer, é claro do magnífico trabalho feito pelo diretor Jean Jacques Annaud, que mais uma vez vem dando prova de sua capacidade de direção magnífica e inquestionável.
O filme é muito bem trabalhado com as locações perfeitas, e sem falar da fidelidade ao texto original, riqueza de detalhes, iluminação tenta expor ao máximo o ar sombrio que o próprio livro nos traz, características essas apontadas pelo próprio diretor como um dos segredos para o sucesso do filme.
O nome da rosa é um clássico da literatura mundial, foi lançado em 1980, traduzido para mais de 24 línguas e ganhou vários prêmios literários internacionais. Escrito por Umberto Eco, foi adaptado para o cinema de forma, mais fiel, o qual com todos esses pré-requisitos, não poderia ser nada mais, nada menos que sucesso, como já disse o próprio Eco no final da obra, Mantenha se o nome primeiro da rosa sem o qual não existiremos.
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