Rumo à ONU, o presidente Lula transportou uma comitiva incrível. Parecendo uma galera acompanhando um rei africano, na verdade a trupe foi levada apenas para exercer o papel fundamental de claque, puxando aplausos quando Lula engatasse discursos entreguistas, inclusive, depois de um inaudível microfone desligado. Dentre os convidados que aproveitaram essa boca livre, estava a atriz Fernanda Torres.
Fernanda Torres é daquelas que o GPS do carro indica à esquerda e à extrema direita. Pois bem, a moça arrumou uma função que justificasse sua presença no auditório da ONU. Sua justificativa foi bem confusa (na forma e conteúdo), porém, deu para extrair algo inteligível como decifrar o título de uma tese de universidade federal ou um nome de programa do Ministério dos Direitos Humanos. Ou seja, foi um “sambarylove” verborrágico.
O trem da alegria estatal parecia uma excursão ou um passeio da turma da firma num congresso em resort baiano. Na verdade, a atriz, que embarcou na “Carreta Furação” do Lula, só estava lá para promover o lançamento e inclusão na cerimônia do Oscar de um filme que conta uma história muito velha e repetida: a Ditadura de 1964.
Falta de criatividade, insistência numa narrativa enviesada ou mais uma produção governista? Se houvesse honestidade, isenção e a coragem da denúncia, os produtores da obra cinematográfica poderiam retirar da prateleira uma ditadura novinha em folha que está acontecendo no país.
Sim, a lei não procura com “faro de dobermann” nem abraça “com braços de estivador” a todos, portanto, a ditadura não é democrática. Faz sentido, muitas pessoas duvidam que houve os Anos de Chumbo.
Fernanda Torres não é vítima nem sua turma. Pelo contrário, agora ela é amiga de quem está com o chicote na mão. Então, nada mais cinematográfico como romantizar os porões da ditadura de um passado distante. Ainda mais sendo adesista, simpatizante governamental e “amiga do rei”.
🔹 “Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim”
(Millôr Fernandes)
|