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Uma expressão insaturada, também conhecida como expressão conceitual, é designada por uma incompletude. No entanto, tais expressões são dotadas de sentido, ainda que não possuam ligação entre as partes que a compõe. O referente é tido como um conceito. Por exemplo: “...é um número” indica uma referência de número em seu conceito. O que falta à frase, já dotada de sentido, é um termo ou signo/símbolo que a complete. Nesse caso, pode haver múltiplas possibilidades de referentes, representados por um nome, sendo próprio, um pronome ou até uma proposição. Cabe demonstrar a ideia de número que Gottlob Frege teoriza no âmbito de explicação das expressões insaturadas. Tendo em vista o exemplo citado no início do parágrafo, são várias as possibilidades de tornar o enunciado verdadeiro, podendo ser aplicado qualquer número. Outro contexto semelhante diz respeito aos diferentes nomes ligados a um referente, como no caso de homônimos de um mesmo indivíduo, que em uma frase afirmativa, pode ter um valor verdadeiro ou falso. Já no primeiro exemplo dado, o resultado difere de uma simples atribuição de verdadeiro ou falso, exigindo um referente entre tantas possibilidades que tornam a frase verdadeira, com diferentes formas de expressar aquilo que a referência descreve. O pensador em questão propõe a noção de conceitos equinuméricos àqueles que possuem a mesma quantidade de referentes, e atenta para o fato de que o número é um predicado de ordem superior e um tipo de adjetivo conceitual que se sustenta para além de um simples conceito. Para saturar uma conceituação, é preciso preenchê-la com um nome e verificar se ele se aplica ao conceito. É a partir dessa verificação que se atribui um conteúdo de verdade ou de falsidade.
Disciplina: Filosofia da Linguagem
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