Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
🔴 À prova de Boulos
Rafael da Silva Claro



Guilherme Boulos acha que ser pobre é legal como um núcleo pobre de novela das nove. Todo mundo feliz e sambando, diferente dos ricos, que vivem sisudos e cheios de intrigas. Saindo da dramaturgia, Boulos, como todo socialista, quer igualdade. Nivelar todos por baixo, esta é a igualdade pretendida. O invasor de propriedades deu uma ideia do que habita sua cabeça sem função social e invadida por minhocas.

Este senhor, que ainda sonha com a Prefeitura de São Paulo, apresentou um, por assim dizer, empreendimento imobiliário do seu MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). É até compreensível que ele mostre com orgulho um “filho” teu e isto sirva como uma alternativa para “resolver” o problema de moradia. Assustador é este senhor exibir com entusiasmo e orgulho algo que ao invés de evoluir, regride.

O postulante ao cargo de líder da esquerda apresentou uma casa de pau a pique, como se fosse uma beleza; depois, ele apontou onde existiria uma horta; e como se fosse uma novidade, Boulos, orgulhosamente, mostrou e ensinou como funciona uma cisterna. Tirando a horta, que é uma boa ideia, desde que lícita; a cisterna, que é interessante como alternativa; a casa levantada com barro e madeira parece algo que a engenharia abandonou há séculos.

Entretanto, o que chama a atenção é como o invasor fala, com os olhos brilhando, de tudo aquilo como se fossem maravilhas tecnológicas. Na verdade, com a urgência de um vendedor, ele tenta “empurrar” as “maravilhas” como produtos encalhados.

O filhinho de papai encontrou uma turba furiosa para chamar de sua. Inventou e assumiu a liderança e fez da incitação do ódio seu meio de vida. Destruir e incentivar é bem cômodo para o meninão que nunca é responsabilizado. Sua atividade atual é incompatível com o cargo de prefeito.

“Quem gosta de pobreza é intelectual”, disse Joãosinho Trinta. O carnavalesco acertou quando observou que intelectuais veem a precariedade da favela como uma abstração, com uma alegria cenográfica. É a exceção, tomada como regra, do inglês ou alemão fazendo um “mochilão” étnico e dormindo alguns dias num barraco.

Expondo sua ideia de solução dos problemas, Guilherme Boulos exibe sua visão de “favelização”. É a vanguarda do atraso.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
Número de vezes que este texto foi lido: 59438


Outros títulos do mesmo autor

Ensaios 🔴 Ele não disse isso! Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔵 O que acontece em Vegas fica em Vegas Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Todos, todas e “todes” Rafael da Silva Claro
Ensaios Pacote não é presente, Haddad não é Papai Noel🔴 Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Cadastro animal Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Não faça isso em casa! Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Jaguar escapando a 4ª Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Uma primeira-dama muito louca Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Dois caramujos no caminho Rafael da Silva Claro
Crônicas ⚫️ Próxima atração: 14:00 Rafael da Silva Claro

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 538.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
RECORDE ESTAS PALAVRAS... - MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS 61719 Visitas
Fragmento-me - Condorcet Aranha 61655 Visitas
PRA LÁ DE CAIPIRA - Orlando Batista dos Santos 61549 Visitas
RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT - BR 116 - Arnaldo Agria Huss 61522 Visitas
LIBERDADE! - MARIA APARECIDA RUFINO 61430 Visitas
🔵 SP 470 — Edifício Itália - Rafael da Silva Claro 61122 Visitas
É TEMPO DE NATAL! - Saulo Piva Romero 60148 Visitas
Naquela Rua - Graça Queiroz 60087 Visitas
O Banquete - Anderson F. Morales 60030 Visitas
ABSTINENCIA POÉTICA - JANIA MARIA SOUZA DA SILVA 60020 Visitas

Páginas: Próxima Última