Diferentemente do que nos indicava a lenda, Guilherme Boulos não é o candidato da periferia, e sim dos bairros mais nobres, ninhos do que é conhecido como a “esquerda caviar”. Gente que quase nunca precisa de serviço público, muito menos do “papai Estado”. Quando, na rua Oscar Freire, você vir alguém desembarcando de um Porsche com um IPhone e boné do MST, saiba que você acabou de cruzar o caminho de um eleitor de Boulos. Devido à idade, essa alma é irrecuperável, pois esse arcabouço, aparentemente incoerente, é indissociável da sua personalidade.
Dentre as diversas explicações para esse comportamento, vou destacar algumas. Certamente, há uma culpa de fundo psicológico que causa essa baita mistureba estética; a ostentação de símbolos do antagonismo entre oprimidos e opressores faz com que o “socialista de IPhone” consiga se disfarçar de um, enquanto é outro; também com uma análise psicológica bem rasteira, essas criaturas ostentam símbolos de foras-da-lei e usam jeans rasgados para parecerem os rebeldes que nunca foram.
Para o segundo turno na cidade de São Paulo, os amigos do PSOL saíram na frente. Vendo que a turma da “direita” está em processo acelerado de canibalismo explícito, ou seja, lavando roupa suja em público, os tarados que anseiam por assistir ao Guilherme Boulos destruindo a cidade, aproveitaram a situação. Essa raríssima janela de oportunidade pode eleger o incendiário Boulos. Os jornalistas correram para estampar manchetes sinalizando um “voto de protesto” no psolista; as redes sociais também contribuem para a isca.
É compreensível que muitos jamais imaginaram conseguir votar no kassabista e valdemarista Ricardo Nunes, mas é necessário eleger Nunes e “todes” (argh) seus comparsas e livrar-nos da ameaça edulcorada e calamidade pública anunciada.
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