Aos doze dias de dezembro de 2022, houve a diplomação do Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva e de seu Vice-Presidente Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho. Essas duas experientes figuras do cenário político brasileiro enfrentaram a eleição mais difícil de todas. Do lado oposto a qualquer democrata, havia o atual presidente Jair Messias Bolsonaro e seus seguidores fanatizados.
Violência política, assédio eleitoral, fake news, compra de votos, ameaça, intimidação e aparelhamento das instituições públicas deram o tom do primeiro e do segundo turno em 2022. E mesmo assim, a extrema-direita perdeu espaço para as forças democráticas. Com uma frente ampla e alto poder de articulação, a chapa Lula-Alckmin venceu o pleito.
Durante a cerimônia de diplomação, o presidente Lula lembrou de sua trajetória política, e o sofrimento que suportou devido à prisão motivada por lawfare. Mostrou gratidão pelo povo brasileiro lhe conceder o honrado diploma de presidente, quando ele próprio nunca obteve diploma universitário algum. Chorou como só um homem que ama o seu povo pode chorar.
Lula é mais que um homem, é um símbolo de democracia, um estadista movido pelo diálogo e união. É um ideal ambulante. Esse mesmo homem aos 77 anos irá governar o país novamente. Além de Getúlio Vargas (1882-1955), apenas Lula conseguiu galgar a presidência uma terceira vez. Ao invés de Vargas, Lula o faz de maneira democrática, tendo como única arma a luta pela igualdade.
Sua voz rouca e embargada teve um discurso nítido: reconstruir a democracia no país. O bolsonarismo conseguiu destruir o que o brasileiro tem de mais elevado, a esperança. É Lula em seu terceiro mandato que irá reconduzir a nação para o desenvolvimento social e o crescimento econômico. Isso não será feito sem lutas ou revezes, ao contrário, reconstruir exige esforço imenso.
Desejo que daqui a alguns anos, essa nova era seja o início de algo mais condizente com os nossos desejos. Que o joio seja extirpado do nosso meio, que nenhuma anistia seja concedida aos facínoras. Jamais permitiremos que a política seja feita com ódio, ressentimento e egoísmo. Ao invés de forjar correntes de medo, que elaboremos laços de amor e altruísmo no presente.
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