Alexandra desce no terminal de Bataguassú MS, logo pára um táxi que a deixa com suas malas em uma pousada á beira da estrada.
- Bom dia
- Bom.
A recepcionista dá as chaves para Alexandra que segue para o quarto 26 onde coloca as malas na cama e abre a janela do quarto olhando as fucnionárias a lavar as roupas na lavanderia.
Ouve-se o bater na porta.
- Sim.
- Me desculpe, trouxe seu troco e o recibo do pagamento.
- Obrigado.
- Precisa de algo mais?
- Poderia por favor me trazer 3 garrafinhas de água e um lanche?
- Olha a água até que sim, ja o lanche, não servimos, mais vou ver o que posso fazer a respeito.
- Muito obrigado.
Assim que o rapaz sai, Alexandra tira sua roupa e segue para um banho rápido, minutos depois ela sai e veste um roupão branco, logo ouve um bater na porta.
- Oi.
- A água e o seu lanche senhora.
- Obrigado. Alexandra assina a comanda em aberto ja que o hotel trabalha neste sistema em que o hospede paga a entrada e deixa ao final as despesas correntes de sua estadia.
Agora ali sozinha, ela liga a tv e consome seu lanche com água e logo chega o sono que a faz amolecer e dormir.
Igor termina de limpar a casa quando Noa chega com sacolas e logo recebe beijos de Igor que o ajuda com as sacolas deixando-as na mesa da copa, Igor abraça Noa que sorri.
- E então, o que faremos esta noite?
- Por mim, ficamos aqui mesmo, porém temos o niver do afilhado de Elza.
- É mesmo amor, que memória boa hein.
- Boa nada, a Leonor que me disse logo cedo antes de ir para o restaurante.
- Por falar nela e nossas outras meninas?
- Logo a Rosa chega por aqui, afinal ela quer arrumar o seu quarto e ainda quer me contar algo que não me disse quando eu estive lá no hotel.
- Você já esteve no hotel?
- Lógico amor, afinal não vamos chegar na festinha do afilhado da Elza de mãos abanando ou vamos? Risos.
- Gostei. Beijos deles ali.
A festinha rola na normalidade de crianças com 6 a 12 anos.
Igor sempre junto de Noa que em alguns momentos serve salgados e bolo na boca de Igor.
- Pare amor, as pessoas vão ver e depois........
- E, saber que somos um casal que se ama de verdade.
- Amor.
- Rápido, vamos dar uma fugidinha daqui.
- Para onde?
- Vem.
Eles saem da casa e seguem pela calçada ao dobrar esta logo avistam uma oficina com 3 árvores sem poda deixando o ambiente um tanto escurecido, eles seguem para debaixo de uma delas, uma brincadeirinha deles e Igor tendo seu corpo encostado no tronco da árvore recebe beijos e amassos de seu homem ali, logo uma sombra surge na calçada, alguém os observa.
- Gente, meus amores.
- Leonor.
- Pessoal, vamos a festinha ainda não acabou e ja sentiram suas falta, vamos meus lindos.
- Nossa, bem que poderiam ter nos dado mais tempo hein.
- Vamos meus lovers. O casal sai das sombras e Noa só para provocar fecha o zíper de sua calça, o que faz Leonor cobrir o seu rosto, Igor olha para ela e logo para o seu boy e o repreende pela brincadeira ali.
- Amor, o que a Leonor vai ficar pensando?
- Que nos amamos, só isso.
- Amor. Leonor se junta a eles e saem de volta a casa aos risos, assim que entram, Valêncio surge frente a casa e sem ser visto olha um pouco por cima do muro da frente que é um tanto baixo até que.....
- Boa noite.
- A sim, boa.
- Procurando algo?
- Não me desculpe, achei ter visto um velho amigo meu, mais me enganei.
- Quer entrar um pouco?
- Não, me desculpe, obrigado.
- Tchau.
- Tchau.
Valêncio sai dali e o homem que o parou entra na casa, minutos depois, todos ali ficam a saber do ocorrido lá fora, o homem é padrinho do garoto aniversariante.
- Não pode ser.
- O quê, amor?
Igor treme seu corpo, sente calafrios, Leonor vem a ele.
- O que foi Igor?
- É ele.
- Ele quem?
- Valêncio.
- O quê, seu ex?
- Só pode ser ele.
Simão retorna para a fazenda acompanhado de uma linda jovem.
- Linda garota.
- Sim, ela é formidável.
- Onde a escondeu durante todo este tempo?
- Pai.
- O quê, eu ouvi um pai ai?
- Sempre te chamei de pai.
- Não na minha frente. Risos.
Jonas mostra as notas e coloca o filho á par de tudo ali, ele e Ruth vão fazer uma viagem para o norte do país.
- Vai gostar muito de Alagoas.
- Acredito que sim.
- Esta vendo, foi só começar dar uns passinhos e já quer fugir.
- Este sou eu. Risos.
Ruth arruma as malas quando recebe mensagens de Regina e logo liga para ela.
- Oi, quer dizer então que minha mãe voltou já voltou para o país e não quer vir para cá?
- Agora estou um tanto ocupada.
- Com o quê?
- Acho que o amor me achou.
- Sério mãe.
- Sim, ele tem 28 anos.
- Mãe.
- Mais é gostoso demais.
- Mãe. Risos.
Noa sai para o trabalho, Igor inicia limpeza da casa quando recebe uma ligação.
- Oi.
- E ai Igor.
- Valêncio?
- Nossa, como o mundo é tão pequeno não?
- Como conseguiu meu número?
- Céus, acho que este lugar te deixou mais frágil do que já era.
- O que quer?
- Você, eu, tudo de novo igual ao que era antes.
- Vai embora.
- Por que, acha que vou deixar vocês ficarem felizes para sempre.
- Me deixa Valêncio, já teve tudo de mim.
- Seu desgraçado, estou na plena miséria.
- Por que quis estar nisso, eu te deixei em boa situação.
- Pode até ter sido assim, mais sabe que sem você eu fico louco.
- Não, você comigo ou não já é um louco.
- Te amo.
- Me deixa em paz.
Grita Igor ali no celular e nisso Noa entra ao ver a situação, pega o celular da mão de Igor.
- O que foi carinho eu só voltei por você.
- Vá pro inferno e deixe nos em paz. Valêncio desliga a ligação, Noa abraça Igor que chora sem controle.
Em casa, Noa prepara um chá de camomila para Igor que ainda sente o tremor pelo corpo devido ao susto de saber que sim, Valêncio o encontrou e agora pode estar a espreita, somente esperando o momento de agarra-lo e sabe-se o que mais irá fazer com ele e aos seus ali.
- Tome.
- Noa, me ouça, temos que prestar queixa.
- Vamos.
- Noa.
- Acalme-se, já fiz algumas ligações, por esta noite temos dois capatazes de fazendas amigos do padrinho da criança, eles se ofereceram para prestar segurança para a gente.
- Noa.
- O que foi, onde ficou nosso amor?
- Pare de graças, Noa a gente corre grande perigo.
- Vai, se acalme e beba todo o chá.
Igor bebe em goles lentos enquanto Noa olha para ele com tanto carinho, as mulheres foram para seus quartos, logoIgor amolece o ocrpo e Noa o leva para o quarto, fica com ele por alguns minutos e assim que o sono se apodera por completo de Igor, ele sai.
- Senhores, muito obrigado.
- Oras, o que é isso sr Noabe, a gente ouve falar só coisas boas de vocês.
- Obrigado mesmo.
- Pode ficar tranquilo, se alguém aparecer e não ter uma boa explicação, a gente fala bem de perto com a pessoa, seja quem for sr.
Noa olha para eles e lhes sorri e entra para a casa, minutos depois já esta a dormir com Igor bem agarradinho.
Amanhece e Rosa é a primeira a se levantar seguida de Leonor, elas preparam o café, os homens que passaram a noite, tomam um bom café com bolinhos de chuva, presunto, queijo, omeletes e algumas sobras de pães que Rosa passara na manteiga e levara ao forno para tostar de leve, ficando assim deliciosos.
- Obrigado dona......
- Nada seu moço.
Um dos homens a olha e lha dá uma piscadela que ela corresponde com um sorriso.
Alexandra sai do quarto já tomada banho e num macacão florido de fundo branco, segue para a recepção deixando as chaves e logo entra num táxi que fora pedido para ela.
- Para onde senhora?
- Porto XV, por favor.
No patrimônio de Bataguassú ela desce e anda por ali até parar no hotel em que Rosa trabalha.
- Bom dia.
- Bom.
- Preciso de um quarto.
- Para quantos dias?
- Acho que ficarei por menos de uma semana.
- Sei, vou te mostrar o 18.
- Tudo bem.
A mulher acompanha Rosa até o quarto e nisso vai investigando o lugar.
- Me desculpe moça, mais o que realmente procura por aqui neste fim de mundo?
- Justiça senhora, somente justiça.
- Gozado ouvi-la dizer isso.
- Por que, não entendo o por que diz isso?
- Há tempos teve um rapaz que me disse algo bem parecido com isso, um amigo meu.
- É sinal que o mundo continua sendo mundo, cruel.
- Nossa, por que pensa assim, ele jamais falaria nisso.
- Por que ainda lhe resta a sobra do imaginário.
- Nossa, a moça fala bem dificil.
- Gostei do quarto, quanto?
- Vamos a recepção lá verei melhor e poderei assim te dar o valor.
- Obrigado.
Alexandra olha para Rosa e faz o pagamento de uma semana para a mulher.
- Obrigado moça, tenha uma boa estadia.
- O lugar é muito lindo, aconchegante, mais não vim por turismo.
- Sei.
- E seu amigo, conseguiu o que queria?
- Graças a Deus ele conseguiu muito mais, o ódio não o consumiu.
- Talvez por que o mau que o perseguia não era tão nefasto ao que me fez isso.
Alexandra abre o macacão e mostra para Rosa os hematomas que ainda estão visíveis pelo seu corpo.
- Meu pai do céu, quem foi o monstro que te fez isso?
- Um cara sem pudor algum, ele me fez isso, imagina o que não fez ou fará ao seu ex.
Rosa sente o frio lhe percorrer.
- Você não diz do Igor? Alexandra olha para a mulher ali assustada.
- A senhora o conhece, ele esta por aqui?
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