MAIS UMA VEZ MEU MUITO OBRIGADO A TODOS VOCÊS QUE PRESTIGIAM NOSSO TRABALHO.
ESTA OBRA TRATA-SE DE UMA NOVEL LIVRE, PORÉM PODERÁ HAVER ALGUNS CAPITULOS QUE TERÃO UMA CERTA RESTRIÇÃO.
JA DEIXANDO, TRATA-SE DE UMA OBRA FICTICIA, PORTANTO NOMES E LUGARES SÃO ORIUNDOS DO IMAGINÁRIO DOS AUTORES NADA TENDO RELAÇÃO COM A REALIDADE
POR MAIS QUE A NOSSA REALIDADE CADA DIA MAIS SE PAREÇA AOS CONTOS E OS CONTOS A VIDA.
BOA LEITURA A TODOS.
ESTRADA DE AÇO
A VIDA PODE SER CONCEBÍVEL ATÉ CERTO MOMENTO, O MOMENTO DE NASCER E MORRER.
- Nem sempre poderei estar do seu lado.
- Vô.
- Meu querido neto, ontem príncipe, agora rei.
- Eu?
- Quis assim o destino, por favor tome conta desse povo e sempre colabore com as guildas e colônias.
- Todas?
- Sim meu filho, apesar de algumas nos ofenderem, o ódio, ainda assim há pessoas maravilhosas nelas.
- A de Hondor?
- Principalmente meu filho, principalmente.
- Se o sr diz, por mim tudo bem vô.
- Agora acho que já posso ir.
- Mais vô.
- Olhe, tenha sempre cuidado com todos, mais um especial a Lúcia.
- Sim vô.
Naquele majestozo quarto em uma cama de madeira de cedro, cabeçeira em ouro, falece o 80º rei de Avir, Arthur o grande rei, segurando suas mãos e derrubando lágrimas, o novo rei, Reginaldo de 13 anos.
Logo o lugar é enchido de pagens, criados, soldados e a 1ª ministra conselheira Duquel.
- Ele foi forte.
- Eu o amava.
- Todos nós, Reginaldo, todos. Duquel fecha os olhos do falecido com 88 anos bem vividos em guerras, vinhos, mulheres e vitórias.
A 5 aposentos dali, Lùcia se banha em uma tina de madeira rodeada por 5 serviçais que a tratam de forma sempre delicada.
Batem a porta e uma das moças vai e logo retorna com o acontecido.
- O rei morreu.
- Me arrumem, quero ve-lo.
Lúcia com seus 15 anos já demonstra há tempos maturidade de um adulto.
Já vestida, ela segue para o aposento do rei, porém Reginaldo a aguarda parando-a no corredor.
- Onde vai?
- Quero ve-lo.
- Para quê?
- Cuspir naquele velho, por que com certeza lhe passou o trono.
- Como sabe?
- Só o fato de estar aqui e reagir assim, não preciso de provas melhores.
- Já sou o rei.
- Quem o nomeou?
- O próprio.
- Aquele velho, porco, nojento, me faça rir, eu mereço o trono, sou a mais velha.
- És mulher.
- E daí?
- Não se é dado tanto poder a uma mulher, somente em casos extremos.
- Se for por sua morte, posso providencia-la agora mesmo.
Lúcia tira de sua veste uma pequena adága e parte para cima de Reginaldo, eles entram em luta corporal, até que se ouve um barulho forte, tiro, Duquel ali com uma espingarda em mãos.
- O que significa isso?
- Ele quer me roubar o trono.
- Não é bem assim.
- Então é o quê?
- O rei determinou que eu seja....
Duquel ouve aquilo enquanto tira do bolso uma carta dobrada.
- O que é isso?
- Um real problema para ambos.
- O quê?
- Um filho, herdeiro direto do rei.
- O quê, como?
- Ele mora em uma colônia próxima a Hondor.
- Como assim, ele nunca me falou desse filho.
Reginaldo toma a arma de Lúcia e joga no chão, assim vai até Duquel.
- Esta mentindo, esta carta é falsa, como vai provar que realmente é filho do rei?
- Por que ele o reconheceu como seu legitimo há 3 anos.
- Como, por que eu não soube?
- Pois é ele, fez ambos de bobos, pelo jeito.
- Tanto faz, ele ja me passou o trono.
- Nisto esta certo, ficará no trono até que o garoto atinja os seus 15 anos.
- Quantos anos ele tem?
- Uns 9 acho.
- O quê?
- Gostaria de lhes dar mais explicações, mais tenho muito que arrumar para o funeral do rei, e por falar no garoto já enviei uma comitiva para traze-lo.
- Comitiva?
- Bem pequena, 3 carroças apenas.
- Por que Duquel?
- Por que assim ficou determinado em livro, ainda mais que quero e vou ver esse circo queimar-se.
- Esta se mostrando agora.
- Cale-se garoto insolente. Duquel dá um soco em Reginaldo que cai aos pés de Lúcia que leva a mão a veste.
- Não acho prudente você uma dama tentar fazer isso, um uso de uma pistolinha barata que carrega consigo.
- Você é um monstro.
- O pior é que você sempre soube disso.
Lúcia ajuda Reginaldo a levantar-se e entram no quarto do rei.
2
SEMPRE HAVERÁ NOVOS CAMINHOS, POR MAIS QUE TENHAMOS DE VOLTAR, SE NÃO TIVERMOS CUIDADO, AS ARMADILHAS NOS SEGUIRÃO.
Vila de Balsos - Silas joga uma espécie de vôlei com ajuda de caçapas e varas, o jogo consiste em jogar mais alto e tomar a bola em até 3 passos do território do outro time.
São 5 pessoas em cada time que podem ser repostas em até 3 jogadores, a partida não dura mais que 35 minutos divididos em 3 tempos.
Silas já é famoso no vilareijo por sempre fazer vencedor seu time, águias, que neste confronta ursos.
O placar esta em 5 a 3 para os águias.
A comitiva chega no momento decisivo em que Silas obtem a bola do outro time e faz o lançamento que traz vitória para o águias.
Madóra, mãe de Silas e outras correm para o centro do campo festejando, na arquibancada de bronze, Afonso o padrasto assiste sem demonstrar qualquer reação, Silas olha para ele e fica ali recebendo abraços e beijos da mãe e de suas primas, Laís, Káfia, Monique.
No time dos ursos, um jogador arremessa ao longe sua proteção frontal que cobre cabeça ao peito e parte para cima de Silas que antes de poder ter qualquer reação, vê ali a sua frente Afonso com sua espada e Áquiles pai do outro garoto com a dele.
- Parem com isso. Grita Madóra para eles, ali do nada, ouve-se um barulho e Áquiles cai ao chão, tendo as costas perfurada por uma flecha, todos vão em socorro.
- O que aconteceu?
Gritos e tumulto e só então se dão contas que estão rodeadas por 8 soldados do reino de Avir.
- Por que tudo isso, é só um jogo.
- Não temos que dar explicações, Madóra, queremos o garoto.
- Meu filho?
- Filho do rei que faleceu.
- Arthur morreu?
- Sim, o garoto deve vir com a gente.
- Eu sou a mãe, ele não irá.
- Não estamos aqui para discutir, só nos dê o garoto.
Madóra leva a mão ao bolso mais é parada por Afonso.
- Vamos até nossa casa.
- Sim, pode ser.
- Só me dê um breve tempo.
Afonso retira a flecha de Áquiles e com as mãos faz circulos próximo ao ferimento, uma energia circunda Áquiles e logo o ferimento se fecha.
- Ele ficará bom, alguém vá em casa depois e pegue um preparado para lavar e ele tomar.
- Sim Afonso.
Áquiles é levado sob o olhar dos soldados, Afonso faz sinal a eles que o siga.
Na grande casa afastada há 3 quadras da vila, Madóra serve pão, leite, água e alguns assados para eles que comem em extrema rapidez.
Diante ao capitão da comitiva, Afonso exige uma explicação.
- O que posso lhe dizer é que recebemos ordens de levar o garoto, ele assumirá o trono.
- Logo?
- Pelo jeito não, por enquanto Reginaldo ficará no poder e depois de algum tempo, ele assumirá.
- Quanto tempo?
- Anos.
- Quantos?
- Não sabemos.
- Mentira. Vocífera Afonso, Madóra traz 2 sacolas com roupas do filho.
- Cadê o garoto?
- Ele foi se despedir dos amigos.
- Espero que retorne logo.
- Por que não passam a noite aqui?
- Não, iremos assim que o garoto retorne.
- Tudo bem. Madóra abraça Afonso que lhe faz carinho nos cabelos.
Próximo ao campo, Silas recebe um abraço de Káfia, terminada as despedidas, Paulo, filho de Áquiles vem a eles.
- O que quer?
- Vai mesmo embora?
- Por que?
- E o jogo?
- O que quer?
- Por favor me desculpe.
Silas se aproxima do garoto e com leve olhar para o alto fez Paulo girar em 360 graus e depois cair desacordado.
Silas limpa os ombros e olha para o colega ali no chão.
- Agora já sabe, se queria brigar, isso foi um doce para ti.
Ele segue para sua casa deixando Paulo no chão gemendo de dor.
Pouco tempo depois ele esta frente a casa se despedindo dos pais.
09032019............................
3
ÁS VEZES INSISTIMOS QUE A VIDA SEJA UMA ETERNA COMITIVA, EM FESTAS E BRINDES, ESQUECEMOS QUE OS ESTRIBRILHO DE OUTRORA TEM DE SE APAGAR PARA O FUTURO DEBUTANTE QUALQUER.
A comitiva segue acelerado em retorno ao reino de Avir, Silas acompanha as paisagens pelos furos da lona da segunda carroça, o capitão sempre ao lado do garoto tenta conversar e descobrir algo sobre ele, mais Silas somente dá curtas respostas e fica compenetrado em seu silêncio.
No castelo, Duquel acompanha bem de perto os preparativos do banquete do funeral de Arthur e também a recepção de Silas.
Reginaldo despacha alguns documentos e assina ordens para seus soldados e secretários que saem da sala do trono.
- Muito trabalho primo?
- Nada que não possa resolver.
- Pare, nem você acredita nisso, por favor, sabe muito bem quem esta no comando, Duquel, aquela cadela velha gritante e traiçoeira
- Olha só como fala da mulher que nos mantém aqui.
- Ela é somente uma bruxa que insiste em se tornar algo mais.
- O que você diz Lúcia?
- Acorda Reginaldo, Duquel esta pouco se importanto com a gente, o que ela realmente quer é ficar no poder e não perder o controle da gente.
- Acha que eu não sei?
- Vai dizer que pensa em derruba-la?
- Acho melhor esperar pelo que esta vindo.
- O que, um garoto cretino que a gente vai ter de tomar todo cuidado.
- O que pretende?
- Ainda não sei, mais logo saberei.
- Pois seja rápida, afinal ele deve cruzar aquelas grandes portas logo.
- Que seja, com certeza eu estarei pronta.
- Eu também. Lúcia sai dali e segue para seu quarto, ao longe Duquel acompanha com os olhos.
Ao entrar em seu quarto, ela desfaz o penteado e rasga seu vestido em um ataque de revolta, frente ao espelho ela esfrega um pano molhado no rosto retirando a make.
- Desgraçado, desgraçado, eu estava prestes a ter tudo, tudo. Ela vocífera enquanto derruba vários objetos de sua penteadeira.
Jogada ao chão, ela escreve ódio em uma folha e pega um isqueiro e põe fogo naquilo.
- Malditos, malditos.
Reginaldo entra em seu quarto, tira suas roupas, mergulha na banheira de mármore, logo batem a porta, entram ali 2 serviçais que o auxiliam no banho.
- Obrigado.
- Sr. rei, só estamos para lhe servir.
Duquel entra ali e logo as moças saem.
- Duquel, o que faz aqui?
- Olhar para um garoto que mal saiu das fraldas é que não é.
- Vai logo diz.
- Precisamos acertar algumas coisas.
- O que Duquel, ter você como conselheira, primeira ministra além de tutora, o que mais?
- É pouco.
- Como, o que quer dizer, já esta com tudo, o que quer mais?
- Precisamos de mais.
- O quê?
Duquel tira de sua veste um papiro e desenrola ali perto de Reginaldo.
- O que é isso?
- Um projeto de uma usina renovável.
- Usina, mais o que é isso?
- Como sempre, lidar com uma criança corre-se o risco de sair mijado.
- Fale logo.
- Vamos transformar óleo natural em fonte de energia.
- Sério?
- Preste atenção pois não vou ficar todo tempo repetindo o procedimento e nossos lucros com tudo isso.
- Por que agora?
- Quer mesmo esperar a chegada do outro ou que ele tome conhecimento disso?
- Claro que não.
- Então escute bem.
Duquel mostra o projeto e inicia ali a explicação de tudo para Reginaldo que ouve atentamente, nem parecendo um garoto de 13 anos.
A chegada de Silas é marcante logo pelo inicio da manhã, com toda população cercando o caminho de entrada ao castelo, Silas desce da carroça sendo recepcionado por Duquel e Reginaldo que lança um olhar raivozo para o garoto que lhe retribui em mesma forma.
O banquete é iniciado e nada de Lúcia se apresentar.
Duquel sai por alguns instantes e vai até o quarto de Lúcia, porém ao mexer no trinco percebe-se a porta esta trancada.
Uma serviçal vem a ela.
- Cadê Lúcia?
- Não sei senhora.
- Pois deveria saber.
A mulher fica em silêncio e pânico e após ouvir um grito sai dali.
Nos jardins, Lúcia sentada em um banco de madeira sente o odor de uma rosa amarela, quando vai levantar-se, se depara com Silas.
- E você, quem é?
- Sou Silas, provavelmente o novo rei, daqui um tempo.
11032019...............................
4
OS OLHOS ATÉ PODEM SER A JANELA DA ALMA, MAIS QUE ALMA ACEITA SER VISTA DE TÃO PEQUENOS OBSERVATÓRIOS, SE AO MENOS FOSSE UM LAGO, ASSIM TERIA A SATISFAÇÃO DE NAVEGAR.
Os olhos de Silas presos aos de Lúcia que com as mãos para trás retira sem que o garoto perceba uma adága.
- Vejo que se ja conheceram. Duquel ali junto de Reginaldo e 3 soldados.
- Me desculpe, quis, sair um pouco, explorar o lugar.
Lúcia guarda de volta a arma sem que eles percebam, Duquel vem a ela.
- O que houve querida, nos deixou preocupados?
- Vou para meu quarto.
- Agora, melhor seguirmos para o banquete.
- Não estou com vontade.
- Por favor, Silas não gostaria de uma ofensa tão grande assim.
Reginaldo traz a prima para si e segue para o salão.
Silas se diverte com as anedotas do secretario da agricultura, Lúcia vez por outra recebe olhares de Duquel.
Reginaldo procura saber mais de Silas, mais o garoto somente responde o que acha necessário.
Dançarinas invadem o local para a alegria de todos, já próximo ao anoitecer o corpo de Arthur é incinerado em uma torre de lenhas umedecida em querosene.
Lágrimas são os combustíveis, Lúcia ao longe realiza certos ritos antigos para a entrega e recebimento de almas.
Terminada a sessão, todos vão para o salão oval onde se interam dos ultimos acontecimentos de forma que Silas é invadido por informações técnicas e pejorativas daquele reino.
Reginaldo aproveita para sair a seu quarto, Duquel percebe a ausência dele, mais dedica total atenção a Silas que demonstra um louvável esmero em aprender sobre as engrenagens políticas sob as explicações e apontações do grupo de anciões.
Já próximo a meia noite, começam a se retirar para seu quartos, Lúcia se despede de Silas e segue para seu aposento.
Duquel e o garoto são os ultimos a deixarem o salão, Silas ao entrar em seu quarto recebe auxílio de 3 serviçais com as vestes de dormir e cobrir seu leito.
Logo cedo ao som do galo, Silas acorda, na cozinha bebe seu café com leite e come generosos pedaços de pães, Lúcia surge pouco tempo depois em um vestido simples branco.
- Bom dia.
- Que seja.
- O que houve?
- Bem, vou lhe ser direta, sabe que não seremos amigos?
- Acho que sim, agora.
- Não seja estúpido, por que veio até este ninho de cobras?
- Talvez por que eu serei a cobra rei.
- Vamos ver até onde irá toda sua graça.
- Fique tranquila, sou forte, aguento muito mais do que imagina.
Ela se aproxima dele, colocando sua boca a centimetros da dele enquanto despeja um pó no café dele.
Ele lhe sorri, ela se afasta.
- O que pretende fazer agora pela manhã?
- Ainda não sei, estou na mão de vocês e Duquel.
- Cuidado, ela não é aquilo que viu ontem.
- Acho que já percebi.
- Que seja.
Ela vai saindo quando o garoto lhe diz.
- Não vai tomar seu café?
- Perdi a vontade.
- Por isso decidiu drogar o meu?
- O que diz?
- Deveria tomar melhor cuidado ao fazer certos trambiques.
- O que diz, moleque insolente.
- Olha só quem diz.
Duquel chega ali radiante para o inicio das aulas para Silas que joga seu café em uma bacia, Lúcia segue até o cesto de pães e pega 2 pequenos, enche um copo de barro grande com leite e chocolate em pó, olha para eles e sai dali.
Reginaldo entra ali em vestes reais e toma seu café seguido de alguns soldados.
- Vou para a floresta de Kav.
- Fazer?
- Tenho algo para resolver por lá.
- Retorne para o almoço.
- Farei o possível.
Duquel olha para ele saindo, agora só os dois, eles vão para a sala branca onde os aguarda 5 anciões.
As aulas são bem produtivas e Silas toma nota de tudo gerando certa curiosidade de Duquel.
- É bastante rigoroso comigo.
- O mínimo que se esperam de um rei.
- Muito bom.
- Pode me responder algo?
- O quê?
- Quando irá me dizer, explicar é o jeito certo, sobre o projeto da Usina Renovável?
Duquel toma um choque com aquilo mais não deixa perceber-se.
- Como, usina?
- Sei de algumas coisas, tenho idéias sobre isso, quer ouvi-las?
- Acho melhor tomarmos um breve descanso.
- Entendo, é triste ser descoberto.
- O que diz?
- Vamos beber um suco?
- Sim, por favor.
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5
AS CRISES POR SI SÓ JÁ DIZEM MUITO E QUASE TUDO, CRISES, SEM TERMOS CONTROLE NOS MOSTRAMOS O QUÃO SELVAGENS SOMOS, ZELAR PELA LIBERDADE DE PENSAR E AGIR, AI SIM COMECEMOS UM NOVO DIA.
Duquel entra em seu quarto vocíferando impropérios.
- Moleque do diabo, mau chegou e já acha que ppode me enfrentar.
Serve uma taça de vinho virando-a em poucos goles já se prepara para a segunda quando batem á porta.
- Entre.
Lúcia entra ali em um roupão de seda preto.
- O que quer?
- Acho que seu novo pupilo te surpreendeu.
- Assim como deve ter surpreendido a vocês.
- Pois é nisso estamos quites, mais já tenho meus meios de persuadi-lo.
- Quais?
- Pare Duquel, em outra posição você jamais falaria sem um expressivo ganho.
- O que quer?
- Parte do ganho com a usina.
- Como, até você já sabe?
- Acha que só fico trancada em meu quarto ou fugindo de seus devaneios?
- Diz ai seu plano.
- Lógico, depois que firmamos o acordo.
- Tá, tudo bem.
Lúcia tira de seu vestido um documento.
- O que é isso?
- Algo ou melhor a prova que não me passara para trás.
- Muito inteligente, vejo que prestou muito bem atenção as minhas aulas.
- Se vive em um serpentário tem-se que se habituar ou defender-se.
- Muitas serpentes não oferecem o tempo de defesa.
- Sei bem, afinal tenho uma exímia por aqui.
- Veja como fala comigo sua garota imbecil.
- A imbecil que pode colocar o garoto no devido lugar.
- Vai, fale.
- Assine. Duquel assina o contrato de participação de lucros para Lúcia que lhe sorri.
- Agora vai, diz.
- Bem ele é simples, mais deve ser elaborado em 3 partes.
- Três partes?
- Sim.
A conselheira primeira ministra ouve a tudo que Lúcia lhe diz e em certos momentos se surpreende com a engenhosidade simples porém eficaz do plano de Lúcia.
- Olha, se não te conhecesse desde pequena acharia que tinham te trocado.
- Bem agora que já sabe, devo seguir para meu quarto sabendo que usaremos teu plano logo pela manhã?
- Sim de acordo.
Lúcia se despede saindo, Duquel senta á beira da cama enquanto alisa os cabelos com um pente de madeira.
- Garota infernal, quase igual a mãe que deve estar afundada em alguma cama aristocrática.
Amanhece, Reginaldo faz sua higiene e segue para á copa onde toma seu café, estranha a ausência de Lúcia e Duquel, logo os soldados fazem a troca de guarda e ele assiste ao rito ali, Silas vem ao lado dele.
- Bom dia.
- Bom dia.
- É sempre assim, um tanto barulhento pela manhã?
- Sim, porém hoje com algumas faltas.
- Fala de Duquel e Lúcia?
- O que sabe?
- Vi elas saindo logo cedinho.
- Devem ter ido a uma colônia.
- Pode ser.
Uma serviçal vem a eles e entrega um bilhete para Reginaldo.
" Caro rei lhe peço humildemente que tome conta e auxilie no que for possivel nosso ilustre visitante e hóspede, futuro rei. "
Reginaldo amassa o papel e joga com raiva na bandeija de outra serviçal.
- O que foi majestade?
- Venha comigo, vou lhe mostrar alguns documentos.
- Sim.
Silas acompanha Reginaldo a passos rápidos para o escritório real.
- Então é aqui se faz florescer as idéias de um reino?
- Pegue isso. Reginaldo lhe dá um grosso livro de quase 2000 páginas.
- O que é isso?
- Cinquenta anos de legislação imperial.
- Para quê?
- Se quer reinar, deve estar á par e íntimo o suficiente com as leis para que não seja execrado ou enganado por outros mais espertos.
- Outros povos?
- Que seja, pense e tire suas conclusões, afinal também é papel de um bom rei.
- Sim rei. Ja passara das 18 horas quando a carroça real para frente a porta principal, Lúcia e Duquel descem a abanar suas faces com leques e logo uma mulher de meia idade e bastante gorda, branca, cabelos ruivos curtos e um jeito de poucos amigos desce a ficar junto delas.
Silas terminara quase 90 páginas daquele livro e já estava a criar uma dor de cabeça, 2 anciões ali com ele o orienta respondendo todas as dúvidas que se faz ali.
- Lúcia, onde foi, estranhei sua ausência?
- Fique tranquilo, futuro rei, fomos atrás do melhor para ti.
- Para mim, o quê?
- Eu. Silas olha para aquela mulher de cara fechada ali diante dele.
- Nos conhecemos?
- Teremos muito tempo para nos conhecer.
- Por quê? Duquel toma frente ali.
- Por que ela será sua tutora por tempo integral.
- O quê?
- Vai, se apresente como deve, ao futuro rei de Avir.
- Me desculpe me chamo Maria, senhor.
- Como assim, o que significa isso?
- O que esta vendo, todo futuro rei deve ter seu tutor.
- Mais e os anciões, o rei?
- Reginaldo vai sim continuar a te passar tudo pporém com a supervisão de Maria.
- Por que sinto que estão tramando.
- Nós, jamais, somos do bem, paz geral.
- Sei, até parece.
- Bem, agora melhor deixarmos a Maria, se instalar no quarto.
- Que quarto?
- O seu, oras, um tutor sempre fica ao lado de seu protegido.
- Esta falando sério?
- Sérissimo.
17032019.......................
6
ÁS VEZES A GENTE SE DESCONSTRÓI PARA QUE NUM FUTURO PRÓXIMO POSSAMOS NOS REVIVER MAIS FORTES.
A construção da usina vai acontecendo de vento em polpa, Lúcia intensifica a aprendizagem de curas e banhos energizantes, longe dos anciões, ela lê muito e pratica ritos obscuros se tornam cada vez mais fortes.
Silas tenta por diversas seguir aos outros e se interar de assuntos que lhe são passados ligeiramente, porém sempre tem uma barreira que se chama Maria.
- Preciso ir ao banheiro.
- Tudo bem, 5 minutos.
- Ficou louca, o que tem, desde que chegou fez e faz minha vida um inferno.
- Não entendo senhor.
- Você entende muito bem, sei quem lhe deu ordens.
- O senhor não tem de ir ao banheiro?
- Fique ai.
- Sim senhor.
Silas sai deixando Maria a cuidar dos livros e apontar os lápis.
Com o retorno de Silas, mais estudos até que Silas demonstra fádiga.
- Bem por hoje chega.
- Sim.
Passado algumas horas, Lúcia andando pelo corredor ouve um barulho vindo do quarto de Silas, ela bate a porta e logo entra, encontra ali jogado a cama, febril e tendo delírios, Silas ali suando muito.
Lúcia olha para ele e leva a mão a testa do garoto que arde, ela chama Duquel e logo o quarto esta com 4 serviçais, o médico real esta ali, Reginaldo chega com alguns soldados.
Delirando, Silas cobra de Duquel a ausência de seus pais, ela entende e procura a melhor forma de responder ao pedido do futuro rei.
Já controlada a temperatura de Silas que adormece, Duquel segue para seu quarto.
Logo entra ali um soldado, Duquel pede para que feche a porta.
- Senhora.
- Quero resultados.
- O quê senhora?
- Vá até o vilareijo e resolva de uma forma limpa porém eficaz, esse problema.
- Quer que dê fim?
- De preferência sem muitos sofrimentos.
- Sim senhora.
- Agora pode ir, falaremos depois.
- Sim senhora.
Madóra terminara o enxague das roupas, Afonso chega com um machado e a beija.
- Você esta lindissima.
- Por isso que te amo tanto.
- Sabe que te gosto.
- Vai, lave as mãos, vou preparar a comida.
- Estou morrendo de fome.
- Sei amor. Afonso entra no quarto de banho e tira as roupas despejando canecas de água com ervas de cheiro pelo corpo, Madóra coloca as panelas no fogão á lenha para esquentarem.
Começa a cantarolar algumas cantigas e nem percebe que alguém entrara ali, ela prova o cozido de carneiro e acerta o sal.
De repente ela sente que não esta só, pega uma faca e segue para a porta, olha nos outros ambientes e nada.
Segue de volta para a cozinha e ali na mesa 2 soldados de Avir.
- O que querem?
- Nós, nada.
- Por que vieram?
Ela sente algo e olha para trás, nisso sente o fio de corte da adága na sua garganta.
- Não. Ela cai já sem vida, seu corpo ainda tendo espasmos, Afonso ouve o barulho e sai do banho nú, ali na cozinha vê sua esposa deitada e vai auxilia-la, porém recebe um golpe forte na nuca.
Em pouco tempo o casarão é tomado pelo fogo.
Silas vê Reginaldo sair da sala do trono e o segue, logo o rei entra no aposento de Duquel, Silas vai até a porta mais é contido por Maria.
- O que faz aqui?
- Volte para seu canto e me deixe em paz.
- Não vou ouvir isso. Maria pega na mão do garoto e segue para o quarto dele.
- Esta de castigo.
- Me solte sua cretina. Os gritos são ouvidos pelo corredor, logo batem á porta, Maria abre e Lúcia entra ali polvoroza.
- O que quer aqui?
- Largue esse garoto agora.
- Quem é você para mandar em mim?
- Largue esse garoto. No quarto de Duquel, Reginaldo mexe nas coisas á procura de algum documento, ouve-se o barulho na porta e ele sai pela janela.
Duquel entra rapidamente e pega algo debaixo da cama e segue para a confusão.
22032019...............................
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