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Olavo segue já se aproximando da capital Campo Grande MS, frente a um restaurante ele deixa o veiculo no estacionamento, paga a ficha e toma banho, logo esta no salão fazendo a refeição, após esta ele retorna ao veiculo e tira sua pasta e mochila.
Uma moto vem até ele, ele entrega as chaves do carro e pega as da moto.
Bruno termina o preparo do almoço, André e Marcos entram na cozinha, Gustavo e Victor estão no quintal a brincar de bola.
- O que foi amor?
- Nada Marcos.
- Vai fala para mim.
- Marcos, eu estou sentindo algo ruim.
- Como assim, esta doente?
- Marcos, não sei como, mais sinto que o meu tio vai conseguir fugir.
- Fugir?
- Sim.
Gustavo entra no momento.
- Pai o Victor tem algo a dizer.
- Victor?
- Sim.
Na sala todos sentados, Bruno frente a Victor que esfrega as mãos, cabisbaixo, espera a resposta óbvia de Bruno após o que contara, seja ser expulso dali.
- Então seremos sócios?
- Pois é.
- Isso é ótimo Victor.
- É?
- Claro Victor, não pensaria em um sócio melhor que ti.
- Você acha isso mesmo?
- Lógico.
Bruno abraça Victor, Marcos, André e Gustavo olham a cena emocionados.
Olavo para a moto frente a um condomínio classe média alta, passa pela portaria com facilidade, entra na torre 2, no elevador ele procura por algo na mochila, encontra, logo saindo anda um pouco no corredor e para frente ao 88, abre a porta.
Um apartamento luxuoso, várias obras de artes, quadros de pintores renomados e tudo muito bem arrumado.
- Adélia, como sempre, cuidadosa, zelando do cofre da família.
Mais um longo banho, sai ali nú pelo local, abre o closed de onde escolhe a box preta, meias, calça, camisa, terno.
- Agora sim, me sinto um verdadeiro cidadão.
Liga a tv, entre os noticiários, sua fuga é dita, ele ali a beber um champagne faz algumas ligações e segue para o quarto de onde abre a cortina atrás da cabeçeira de sua cama, um cofre na parede.
Senha posta ele pega alguns doláres e euros, 3 envelopes e coloca 2 anéis nos dedos.
- Minha mana, sempre cuidadosa, sempre.
Olavo ri de tudo aquilo e move o colchão da cama, embaixo várias armas, munições e alguns celulares.
- Tudo em ordem.
Ele se arma e segue para a sala, liga na portaria e sai dali.
Entrega a chave do apartamento para o porteiro junto de 1 envelope e outro para que o homem faça segundo a instrução deste.
- Farei como pediu dr.
- Obrigado, sei que posso contar contigo.
- Sempre dr.
O porteiro entrega as chaves de um veiculo para Olavo e fica com a moto.
- Adeus.
- Adeus dr.
A poltrona é virada, frente ao espelho um homem de barba ruiva, cabelos de um loiro velho.
- E então?
- Esta outro senhor.
- Obrigado.
Olavo sai da poltrona, bate nos ombros para retirar alguns fios que ficaram no casaco de couro vermelho.
Tira da carteira 200 reais e paga para a mulher do salão.
Victor termina a limpeza nos quartos, Gustavo na cozinha dá os acertos finais, a casa toda cheira a limpeza, Bruno enxágua as ultimas peças de roupas que Marcos estende.
- Pronto, terminamos.
- Amor, esse seu caso com a limpeza é bem sério.
- Pare hein, sabe que eu os deixo fazer o que quiserem.
- Sei. Risos.
Gustavo vem a eles.
- Pai, ligação.
- Obrigado filho.
Bruno pega o telefone sem fio da mão do seu querido filho.
- Oi sim, sou sobrinho, tudo bem.
Marcos olha para Bruno, Victor vem e fica do lado de Gustavo.
- Sim, obrigado. Bruno desliga.
- O que foi amor?
- A policia, liberaram os corpos.
- O que vamos fazer?
- Marcos, teremos de enterra-los.
- Nós?
- Sim, me desculpe mais com o tio foragido, não há mais ninguém, eu terei de assumir este.
- Claro meu amor, faremos, me desculpe.
Abraço coletivo, Bruno termina com mais um fato.
- Depois vou precisar da ajuda de todos, temos de ir para Prudente e arrumar a casa da tia e do tio.
- Claro amor, nós iremos.
O enterro acontece de forma rápida, devido ao tempo e ao estado dos corpos, caixões lacrados.
Todos ali emocionados jogam rosas na cova onde foram enterrados os corpos.
Em rua de comércio, numa cidade do Paraguay, Olavo desce de uma camionete luxo, entra em um bar, toma cerveja e come um lanche de pão com linguiça, tira do bolso um celular e faz uma ligação.
- Alô.
- Tio?
- Esta vendo, para quem sabe o que fazer, tudo se torna mais fácil.
- Onde o senhor esta?
- Por ai, adeus.
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