22
No seu quarto sentado a beira da cama, em pé a sua frente Kalinka, sustentado os braços pelos cotovelos, dando pisadinhas com o pé esquerdo no chão.
- E ai diz logo, fez ou não, como foi, fale logo?
- Tudo do jeito que queriam.
- Ai, que bom, te gosto meu doce.
- Pare Ka.
- Como pare, tenha noção, agora aquela zinha entrou para o clube.
- Que clube?
- O das ferradas, agora a única vantagem que ela tinha, acabou.
- Nossa como você pode ser tão insensível.
- Ah, vá Ti, sei muito bem de sua índole.
- Tudo bem não melhor exemplo de homem mais também não sou um crápula.
- Tá se vai chorar que chore bem longe de mim, mais valeu cada centavo queridinho.
Kalinka liga para seu pai dando as boas novas, logo se aproxima de Tiago com o celular.
- Papai quer falar contigo.
- Tá.
O rapaz pega o aparelho.
- Pode dizer.
- Que bom, agora feito, pode acessar sua conta, já foi depositado 80 mil.
- 80?
- O combinado foi mais.
- Olhe garoto, preciso saber como foi a dimensão de tudo, ai sim depositarei mais.
- Seu canalha.
- Veja bem moleque, sou eu quem dá as cartas aqui.
- Pois eu vou até a mansão, contarei tudo para o dr Roberto.
Nesse momento Tiago se vê diante a um cano frio no pescoço.
- Acabou a graça Ti.
- Sabia você não estava aqui por nada.
- Jamais.
Ele desliga o aparelho e entrega para ela ainda com a arma ali apontada para ele.
- Meu Deus, Tiago, você achou que seria fácil, foi, você ganhou, o que mais quer?
- Você é tão podre quanto ao crápula do seu pai.
Kalinka lhe golpeia com a arma, o rapaz não cai mais escorre um pouco de sangue do canto de sua boca.
- Olhe o que você fez sua puta.
- Vai se limpar meu cachorrinho.
Nestor bate a porta entrando.
- O que esta ascontecendo aqui?
Nisso o homem se vê diante a mira de kalinka com a arma em punho, sua respiração se torna agitada.
- Ka o que você esta fazendo com essa arma?
- Cale a boca, agora sente perto de seu sobrinho.
- Tudo bem.
Kalinka continua a mira dos dois até sair do quarto.
- Por que tudo isso meu filho?
- Não sei tio, mais eu quero esquecer tudo, minha vida.
- Você fez algo de errado?
- Não tio, pode ficar tranquilo, fiz nada não.
A moça sai do salão, da cozinha Mercedes ve ela fechar a porta.
- O que essa putinha aprontou dessa vez?
Mercedes segue para o quarto de Tiago, porém Nestor a para no corredor e pede café, seguindo com a mulher para a cozinha do salão.
Roberta ali nua na frente do espelho se olha com um ar de certa superioridade em misto de felicidade e aquele medo de incertezas, batidas a porta, Rebeca entra e vê a moça vestir um robe.
- Bom dia Roberta.
- Bom dia Rebeca.
- Despertou bem cedo hoje hein garotinha.
- Nem cheguei a dormir Re.
- Como assim?
- Nada Rebeca.
- Quer café?
- Eu quero minha Rebequinha. Risos.
- Nossa você cresceu minha menina mais continua sempre meiga e educada, minha querida.
- Te amo Re.
As duas saem do quarto e descem para a cozinha, chegam nesta, elas tomam café, bolo, frutas, muitas risadas, porém Rebeca não tira os olhos de Roberta.
- O que foi Re?
- Não sei muito bem, mais você esta diferente minha garota, com um brilho mais luminoso, sabe, mudada.
- Você acha?
- Sim.
- É que estou me sentindo mais amada do que nunca.
- Tá bom, olhe não quero te ver sofrer hein, não suportaria isso.
- Fique tranquila Re eu jamais sofrerei, jamais.
- Pois é, acredite Roberta, o amor também fere e profundamente, tome cuidado minha menina tome muito cuidado.
- Credo Re eu não quero isso para mim, não quero não.
- Não é questão de querer, sabe ás vezes a vida nos prega umas artimanhas das quais só ela sabe o caminho de saída.
- Nossa Re, bem profundo isso.
- É.
- Agora que estamos falando disso, me diz Re, você ja se apaixonou?
- Sim, mais ja faz tanto tempo que o mesmo ja fez o papel de apagar qualquer lembranças por minima que tenha sido.
- Quem diria hein dona Rebeca.
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