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Os dias passam, Roberta se envolve com Tiago, até ao ponto de deixar um pouco de lado as amigas Jenifer e kalinka.
- Bom dia.
- Bom dia Gio.
- E ai, o que vai fazer hoje?
- Bem, eu vou comprar algumas coisas e um sorvete talvez.
- Ai que bom, vou contigo, posso?
Roberta abre um singelo sorriso, Gio percebe o seu erro.
- Oh meu Deus, me desculpe Roberta, cabeça a minha, me lembrei tenho torres de documentos para avaliar.
- Desculpa digo eu, é que eu ja havia...
- Já entendi, gatinho nos planos.
- Isso ai.
- Vai fundo gata.
- Sabe Gio, sempre soube que seria a mulher perfeita para o meu vô, mais ainda a mãe postiça perfeita para mim, obrigado céus.
- Ai linda. Risos.
Roberta em saia vermelha curta em preguinhas, blusinha ombro desnudo, maquiada, meias acima dos joelhos e sapatos saltos curtos pretos.
Olha por todo local designado a encontrar-se com ele que chega por trás lhe tapando os olhos.
- E ai, quando vamos ao sorvete?
- Ai Tiago, como sempre pulando etapas.
- Eu te amo.
- Eu te.....
Ele olha atento para ela a espera da resposta ou o final dela, sem sucesso.
- Roberta.
- Me desculpe eu ainda não sinto, portanto não quero engana-lo.
- Tudo bem, eu entendo.
- Entende?
- Sim. Ele a beija de leve.
- Agora vamos as compras?
- Demorou.
Eles entram em várias lojas, onde fazem várias brincadeiras e horas depois ali na sorveteria se acabam em taças de massas e refri escuro.
- Nossa esta muito bom.
- Verdade.
- Sabe toda vez que eu te olho, penso, como pude ficar sem esta gata por tanto tempo.
- Bem eu....
- Tudo bem Roberta, eu espero.
- Tá.
De volta a casa dela, ali no portão uma despedida simples sem aqueles gestos arrebatadores da paixão.
- Oi.
- Oi senhorita, seu avô a aguarda no escritório.
- Ele ja veio da empresa?
- Sim.
A moça agradece a empregada, lhe entrega as sacolas e segue para o escritório.
- Oi vô.
- Oi minha querida.
- O que houve?
- Sabe Roberta, não há motivos para me esconder seu namoro.
- Namoro?
- Olhe eu entendo, já fui jovem também e já tive minhas aventuras.
- Tá vô, ais eu ainda não estou namorando.
- Não?
- Bem, ele quer, mais eu ainda estou indecisa, bem indecisa.
- Sei, mais mesmo assim, acho melhor que ele frequente a casa, quero ve-lo.
- Sério?
- Sim minha querida.
- Obrigado vô.
- Oras querida, a tua felicidade é a minha felicidade.
- Obrigado vô. Ali o abraço sela um assunto que Roberta já não aguentava guarda-lo para si.
- Agora vamos falar de outro assunto.
- Outro?
- Sim, minha querida, esta prestes a completar 17 anos, tenho de lhe pôr á par de sua situação financeira, diante as empresas que seus pais te deixou.
- Vô eu confio plenamente no senhor.
- Eu sei e agradeço de todo coração, mais sabe meu pai, seu Bira ja dizia, o olho do dono é que engorda a boiada.
- Nossa vô bem antigo hein. Risos.
- Antigo e certo. Mais risos.
Roberto coloca a neta á par de tudo, a moça assina alguns papéis e ele lhe explica os procedimentos.
- Nossa vô, não imaginava que tinha tanto dinheiro.
- Querida, é só uma parte, fiz uma promessa no enterro de seus pais, faria o que ele deixou triplicar e assim o fiz com mais minha parte que já lhe dei, querida você já é uma moça linda , bem educada e acima de tudo, rica.
- Sabe vô, eu não ligo tanto para a riqueza.
Roberto lhe estende as mãos, a garota vem a ele e senta em seu colo.
- Sabe minha querida neta, nossa família possui uma leve peculiaridade, somos agraciados pelo dom da riqueza há mais de 4 gerações, tente olhar por este lado, você ajuda a outros que não tiveram esta oportunidade em mãos, lhes dando emprego, dignidade e acima de tudo honra.
- Meu vô que sábias palavras, não havia ainda pensado por este ângulo.
- Esta vendo, a vida sempre nos ensina.
- Basta saber olhar e compreender os mínimos detalhes. Eles falam juntos.
Gio entra junto de Rebeca, trazem lanches, sucos e o medicamento de Roberto.
- Seus comprimidos.
- Olhe esta vendo minha querida, esta mulher quer que eu viva mais de 1 século.
- Todas nós queremos vô. Risos.
Após o lanche ali, Roberta olha para o vô.
- Vô e meu tio Maciel?
- Bem ele esta na Espanha agora.
- Achei que ele iria ficar direto na França.
- Pois é eu também achei, mais aquele ali, sempre traz e cria surpresas.
- Quando ele vem de vez para cá?
- Acho que ainda vai demorar um pouco.
Roberto olha para Gio, Roberta pede licença saindo junto de Rebeca.
- Ela sente falta do tio.
- Coitada nem sabe que ele não presta.
- Roberto.
- É verdade, não estou falando nada de anormal, é meu filho mais ele não presta, vagabundo só come e dorme e sempre quer dinheiro e mais dinheiro, já sei que ele não está fazendo o curso ao qual foi parte do nosso combinado, ele só quer a boa vida e nada de comprometimento com os negócios.
- Bem eu não sabia.
- Mais eu sei, eu sei, aquele inútil, imprestável, só me dá desgosto, agora, e se eu morro como fica minha neta?
- Nem pense nisso.
- Eu penso Gio, eu penso.
- Vai acalme-se senão os comprimidos não farão o efeito.
- Só você mesma, meu grande amor. Risos.
20180403.............................................
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