Sofia termina de passar algodão embebido em produto destinado a fim de limpeza das marcas e ferimentos de Nancy.
- Obrigado.
- Oras, fique tranquila.
- Você é irmã dele, ele sempre foi assim?
- Não sei, sabe, apesar de sermos irmãos, não o conheço tão bem, fomos separados na infância.
- Sério, não sabia.
- Olhe eu tinha 6 e ele 8 quando fomos separados, quando eu o reencontrei já tinha meus 16.
- Nossa, quanto tempo.
- Na verdade, não sei ao certo o que meu querido irmão passou neste período.
- Meu Deus, deve ter sido muito difícil para ti.
- Na real, acho que muito, sabe, eu e ele temos uma ligação que vai além vida, acho.
- Como assim?
- Ás vezes me sinto mais que irmã, quase que uma mãe dele.
- Talvez seja em certo, uma culpa presa em ti por ter ficado longe dele por um bom tempo?
- É, pode ser.
- Com certeza que é.
- Mais me diz, achei que fosse mais simples, mais vejo que me enganei, você é muito inteligente.
- Obrigada, mais não, sou um tanto tola, intuitiva ás vezes.
- Não a vejo assim.
- Eu amo seu irmão, caso contrário estaria longe daqui e o denunciaria pelo que ele me fez.
- Por que não o faz?
- Por que o amo.
- Tem certeza, olha, o que passou contigo mulher nenhuma merece, se quiser vou contigo.
- Não, ele já me explicou tudo me pediu perdão e.....
- O quê, ele te pediu perdão?
- Acho que mais de 3 vezes.
- Como assim, olha, meu maninho realmente esta mudado.
- O que foi Sofia, parece que não gostou da ação dele?
- Eu, não, claro que não, só que fiquei um tanto chocada com esta em certa, novidade.
- Eu estou cada vez mais ciente e certa que ele me ama e muito.
Sofia fecha o vidro do medicamento, joga o algodão no lixo e olha fixo em Nancy.
Nancy levanta dali e segue para a cozinha onde prepara um café, Sofia vem logo atrás secando as mãos.
- Vai fazer um café?
- Sim , para nós e Marcos, ele adora meu café.
- Legal, não sabia disso.
- Ele sempre me diz que ama muito tudo que faço.
- Diz, sério, que bom cunhada.
- Nossa, gostei, é a primeira vez que me chama assim.
- Verdade, já deveria te-lo feito.
- Nada disso boba, agora senta ai, logo sai um cafezinho bem quentinho.
- Obrigado.
Sofia conversa com Marcos enquanto Nancy estende roupas no varal.
- E ai, já se decidiu quando acaba este circo?
- Pare com isso, não problemas com ela.
- O quê foi, cadê o mano que havia antes?
- Me deixe em paz, eu preciso disso.
- Precisa do quê, dela, uma mulher, uma fêmea, e eu sou o que para ti?
- Me respeite e nos respeite.
- Termine logo com essa farsa ou eu vou ter que entrar nessa estória de merda.
- Já te disse, me deixe em paz, eu resolvo minha vida.
- Sua vida que se foda, olhe, nossos compradores estão pensando em mudar a outros fornecedores.
- Tudo bem, eu andei furando, só que agora já enviei para todos, daqui em diante tudo será normalizado, como era antes, bem certinho.
- Até quando Marcos, até quando?
- Olhe, pare de me intimidar ou vou ter de ser frio contigo.
- Acha que eu tenho medo de você?
- Deveria ter, você mais do que ninguém sabe do que eu sou capaz.
- Sim, eu sei, afinal sou teu carrasco, esqueceu.
- Cale-se ela vem vindo.
- Trouxe mais café, um bolo pra gente.
- Obrigada Nancy, mais acho melhor ir para minha casa, sabe, esta ficando escuro.
- Que nada, ainda esta cedo, qualquer coisa o Marcos te leva.
- Mais não quero atrapalhar.
- Vai, fica mais com a gente.
- Tá, vou ficar, só mais um pouco.
Perto das 21 horas, Nancy abre a porta da sala, Sofia sai se despedindo dela tendo a companhia de Marcos.
- Já eu volto amor.
- Tá, eu vou terminar as coisas aqui e depois te espero no quarto.
- Te amo.
- Eu também te amo.
Nancy vê eles sumirem na escuridão.
- Finalmente.
A mulher vai até o quarto e de um buraco que fizera embaixo da cama no piso, tira um celular e faz várias ligações e tira fotos e vídeos enviando para alguém, de uma caixa que esta no mesmo lugar ela tira uma chave e segue para o depósito com uma lanterna e celular em mãos, dentro do depósito procura por algo em um armário velho até que ao mexer numa prateleira de produtos para as plantações, cai uma caixa quase que em sua cabeça, dentro desta, várias notas e anotações, ela faz fotos e filmes destes.
Porém ao fundo desta ela pega uma pasta que ao abri-la faz ela entrar em choque.
Nancy faz mais algumas fotos e guarda tudo no lugar, sai dali deixando o local do jeito que encontrara.
Sofia serve um whisky para Marcos que de inicio rejeita mais logo aceita, até os dois se olharem e logo surge o beijo e roupas ao chão, Sofia sente todo o desejo de Marcos em beijos ardentes e uma lascívia digna de cães.
- Você continua um safado daqueles.
- Do jeito que você em ensinou, se lembra?
- Pelo menos isso você tem a reconhecer.
- Que fui iniciado por ti, sempre me lembrarei.
- Quando a gente vai viver, voltar a viver o nosso jeito de amar?
- Ainda preciso daquela mulher.
- Para quê, afinal já liquidou a ultima dívida.
- Mais ainda preciso ter um caixa, para cobrir riscos.
- Que riscos, assume logo esta cheio de tesão por aquela vadia.
- Bem, eu vou indo.
- Sabe, é difícil para mim mais tenho de aceitar de que esta apaixonado por aquela cafona.
- Não vou mentir, eu sinto sim algo muito especial por ela, sei lá, mais ela é diferente das outras.
- Foco, não perca o seu foco, o nosso foco, ela somente é um boneco para nossos interesses, por favor Marcos não faça merda, não faça, você não é disso.
- Vou me vestir, ela já deve estar aflita, não quero que ela desconfie de nós.
- Desconfiar do irmão que veio trazer a irmã para casa?
- Vai logo, cadê as minhas roupas?
Nancy toma seu banho e passa perfume no corpo, ali no quarto á meia luz ela espera por Marcos.
24082019............
Marcos termina de se vestir, no caminho para casa, chegando, ele recebe todo carinho e amor de Nancy.
- Meu amor, a Sofia ficou bem?
- Sim minha paixão.
A transa deles acontece de forma bem aconchegante.
Terminado ali, ele adormece, Nancy sai para o banho e guarda as roupas dele, nisso ela vê uma marca de batom na parte baixa da camiseta, além do forte cheiro de perfume feminino, perfume este que ela conhece, é o de Sofia.
- Pois bem, então o jogo começou, agora esta ficando mais interessante.
Após o banho ela coloca as roupas para lavar na máquina e prepara um chá para beber.
De xícara em mãos ela segue andando de forma devagar pelo corredor, olha pelas janelas e confere as portas, logo decide por retornar para o quarto quando vê em cima de uma mesinha alguns papéis, ela os arruma e ali junto o seu cartão seguido de uma fatura.
- Mais o que é isso, esse gasto é altíssimo.
- O que foi amor, esta falando sozinha?
- Marcos, te acordei?
- Eu quero saber, o que você esta falando sozinha.
- Nada, não é nada. Ela esconde o cartão e a fatura as suas costas.
- O que você esta escondendo?
- Como assim Marcos?
- Deixa eu ver.
- Ver o quê, olha, vamos para o quarto.
- Quero ver o que você esta escondendo?
E gesto rápido ele a segura e toma o cartão e a fatura.
- Isso aqui, por que esta escondendo?
- Não estava, só queria continuar na paz contigo.
- Quer saber no que gastei?
- Não, não me interessa, sei que você é um homem correto e tem seus negócios seus ganhos, sei disso, eu confio em você amor.
- Olhe Nancy, eu te amo, amo muito, não vou e nem quero ficar longe de você.
- Eu também querido.
- Mais a gente tem que ser claro em tudo.
- Como assim?
- Os gastos foram com os suprimentos para o cultivo.
- Tá, tudo bem.
- Eu também já estou arrumando minha situação financeira, logo não precisarei usar mais seus cartões.
- Meus cartões?
- Ah, eu não te disse, me perdoe coração, eu fiz outros dois no seu nome.
- Como assim, você fez outros dois?
- Sim, ai amor, por telefone, você sabe hoje tudo é mais fácil do que antes.
- Mais.....
- Fica tranquila, esta tudo sob controle.
- Sim, claro que esta, agora vamos dormir. Marcos pega ela na mão e eles seguem para o quarto.
- Não esta brava?
- Eu, lógico que não, somos um casal.
Ele em um puxão a trás mais para si, ele enlaça o pescoço dela com sua mão.
- Quero você sempre comigo.
- Eu sou e serei sempre tua.
26082019..........
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