No entanto, eu enfiava
Sem entraves, sem paragem
O machado proibido
Delicadamente na garagem
Tu gemias, eu sentia
Em cânticos de dor
Não aguentavas, choravas
Mas era amor
À parte a grandeza
A largura
O comprimento do bastão
Que fez sangrar águas brancas
Foi doce a refeição
O sabor das tuas rosas
Maresando-me o tubo
Pelos furos da mangueira
Lubrificava teus motores
Até a chave entrar
Insisti
Para então te abrir
E ser o guardião templário
Do galáctico sentir
Roçava o parafuso
Vezes repetidas
Na porca docilmente
Até encaixar
E me dividir ao meio
Arrepios e assobios
De esquecer os pensamentos
E lembrar-se só do "agora"
Abraçar o momento
Feito com destreza
Nos mesclamos arduamente
Primeiro por beijos
Depois os brinquedos
De toques à bruta
Cair no tom do enredo
Meu pénis em forma de pá
Trabalhava tuas terras
Fertilizou leite e mel
Com o pendor de uma serra
Com os olhos na tua fruta
Agarrei-te e fui até ela
De novo, com a pinça
E amei-te em silêncio.
|