Encontro perguntas que no meu coração refletem a nossa trajetória:
O que nos faz feliz?
Ó beleza, onde está a nossa verdade?
Somos o reflexo da nossa infância?
Que criança resiste a um belo livro?
Quantas sombras tem o homem?
Por que o silêncio não silencia?
Quantos editores escutam a voz do leitor?
Todos os homens tem alma feminina?
Encontramos arte nos retratos pintados?
Sabemos os limites da vida na face oculta?
Em que palavras materializamos a espera?
O mundo é desenhado só para os homens?
Por que os homens não escutam as mulheres?
Que significados existem além do bem e do mal?
Por que passamos a vida sem ser notados?
Temos tempo para amar a quem nos ama?
Como podemos esquecer se não deixamos de lembrar?
Desejamos segredo maior que o contido nas expressões poéticas?
Quem nunca sentiu a saudade cortar o peito como aço de navalha?
Onde e quando os poemas começam a fazer parte da nossa vida?
O tempo é fronteira entre o que lemos e o que poderemos ler?
O que se revela ao decidirmos caminhar para sentir o vento?
Precisamos desejar ou sonhar ao dar tempo ao tempo e hora ao instante?
Acostumamo-nos a passar poucas horas por noite sobre os travesseiros?
O amor, as lembranças, os vícios e os amigos tem prazo de validade?
Que país é este que chora quando a seleção de futebol é desclassificada e a perda dos intelectuais é chorada apenas pelos amantes da cultura?
Provocar a felicidade é o que precisamos para não atrapalhar o dia a dia?
Nossas palavras são ponto de partida para o texto, como a liberdade é pretexto para viver?
A vida sem carinho nos faz pessoas vazias como páginas em branco?
A natureza posa para nós, fala conosco e ainda captura nossos sentimentos?
Mudanças inflexionam a história ao indagar se somos ricos ou endinheirados?
No mundo de relações virtuais vivemos na impessoalidade, pois, a atitude é que faz a diferença. Nosso poder reside nos pequenos gestos do cotidiano, como resposta ao confronto com a vida, que pode transformar os fatos a qualquer instante. Segundo Getúlio Zauza, “Me pergunto: será a vida sonho acordado? / E se a humanidade em verdade viver sonhando? Haverá tempo suficiente para despertar?...”. A resposta é algo que desperta interesses, tal a liberdade e a paz; tudo começa quando respondemos as perguntas ou, pelo menos, nos perguntamos sobre as dúvidas. Para Pedro Du Bois, “Na resposta observo / a pergunta pronunciada / ágil lâmina / trespassada / ao passado / não pode a resposta resolver / comandos negados na pergunta”.
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Biografia: Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e
A Linguagem da Diferença. |