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Na história da humanidade não faltam exemplos de desenvolvimento, ascensão e queda de civilizações. O desenvolvimento dessas civilizações se deu pela capacidade de utilização de técnicas produtivas e de organização social. Mas, o uso de tecnologias também causou grandes problemas de degradação dos recursos, gerando consequentemente o declínio das civilizações.
Na Mesopotâmia há cerca de 5.000 anos, entre o Tigre e o Eufrates, desenvolveu-se a civilização Persa que dominou técnicas de irrigação e cultivo de alimentos. Sabe-se que a utilização mal planejada da água trouxe grandes problemas ambientais, como salinização e erosão dos solos. Hoje aquela região tornada árida está ocupada pelo Iraque, país que enfrenta grande crise - também por causa da invasão realizada pelos EUA.
Se tomarmos um exemplo mais recente como o mar de Aral, na Rússia, observaremos que lá não foi muito diferente. Naquele lugar se implantou um sistema de exploração agrícola com irrigação que utilizou as águas do Aral. Com o tempo grande parte do mar secou, pois se trata de um lago de regime fluvial, ou seja, abastecido por poucos rios, e o uso excessivo de irrigação trouxe não só a redução do recurso hídrico como também a degradação das terras irrigadas. Estes exemplos demonstram, de forma sumária, somente algumas das conseqüências do uso inadequado dos recursos naturais. No entanto, devemos enfatizar que o homem em sociedade não pode prescindir do uso dos recursos para sua sobrevivência.
A utilização dos recursos naturais é, antes de tudo, uma necessidade não só da espécie humana, mas também dos seres vivos. É fato que a nossa pegada ecológica, consumo dos recursos, nos ecossistemas é maior do que qualquer espécie e talvez maior do que todos os outros seres vivos juntos, pois nossa população já alcança cerca de 6,5 bilhões de pessoas. Não podemos negar que cada ser humano exige um consumo em recursos naturais que gera pressão sobre os ecossistemas e sobre o meio ambiente. Ao contrário das civilizações mais antigas, temos hoje uma civilização global, que está num ponto em que se pergunta qual o caminho a seguir diante da problemática ambiental?
Aquecimento global, efeito estufa, derretimento das geleiras, uso de combustíveis fósseis, erosão dos solos, desertificação, extinção das espécies... E cresce a lista de manchetes de jornais, que ora estão na primeira página ou em colunas dedicadas ao meio ambiente. Assim também está nas manchetes televisivas e nas rádios, de forma que a pauta diária desses meios de comunicação dedica boa parte de noticiários à questão ambiental.
Resta-nos sempre uma pergunta: o que temos feito para a melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida no planeta? Se cada um fizer sua parte talvez tenhamos um futuro para a humanidade, uma vez que esse futuro representará a perpetuação de nossa espécie, de nossas famílias (filhos, netos, bisnetos) e de gente que nem sequer teremos passado nossa carga genética, mas que, certamente, terão uma herança: um planeta chamado Terra – lugar da vida.
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