Por João Calvino
“11. Ora, o mesmo nosso Deus e Pai, e nosso Senhor Jesus Cristo, encaminhe a nossa viagem para vós.
12. E o Senhor vos aumente, e faça crescer em amor uns para com os outros, e para com todos, como também o fazemos para convosco;”
“Ora, o mesmo Deus”. Agora Paulo ora para que o Senhor, tendo removido os obstáculos de Satanás, possa abrir uma porta para ele e ser como que o guia e condutor do seu caminho aos tessalonicenses. Através disto ele sugere que não podemos dar um passo com sucesso, a não ser sob a orientação de Deus; mas que, quando ele estende a sua mão, é em vão que Satanás emprega todos os esforços para mudar a direção da nossa jornada. Devemos observar que ele atribui o mesmo ofício a Deus e a Cristo, uma vez que, sem sombra de dúvida, o Pai não concede nenhuma bênção sobre nós exceto através da mão de Cristo. Porém, quando assim fala de ambos nos mesmos termos, ele ensina que Cristo possui divindade e poder em comum com o Pai.
“E o Senhor vos aumente”. Aqui temos outra oração – que, no meio tempo, enquanto seu caminho está obstruído, o Senhor, durante a sua ausência, confirmasse os tessalonicenses em santidade, e que os enchesse com amor. E, a partir disto, aprendemos novamente em que consiste a perfeição da vida cristã – em amor e pura santidade do coração, que flui da fé. Ele recomenda o amor mutuamente nutrido de uns para com os outros, e depois para com todos, porque isto é conveniente para um começo que deveria ser feito com aqueles que são da família da fé (Gl 6:10), do mesmo modo que o nosso amor deve se dirigir a toda a raça humana. Ademais, assim como a conexão mais próxima deve ser estimada, do mesmo modo não devemos negligenciar aqueles que estão distantes de nós, impedindo-os de manter o seu lugar apropriado.
Ele queria que os tessalonicenses abundassem em amor e fossem cheios do mesmo, porque, na medida em que fazemos progresso no conhecimento de Deus, o amor aos irmãos deve, ao mesmo tempo, aumentar em nós, até que tome posse de todo o nosso coração, para o amor corrupto do eu seja extirpado. Ele ora para que o amor dos tessalonicenses possa ser aperfeiçoado por Deus – afirmando que o seu aumento, não menos do que o seu começo, provinha de Deus somente. Por isso, fica evidente que papel absurdo fazem aqueles que medem a nossa força pelos preceitos da lei divina. O fim da lei é o amor, diz Paulo (1 Tim 1.5), contudo ele mesmo declara que isto é obra de Deus. Portanto, quando Deus marca a nossa vida, ele não olha para o que podemos fazer, mas exige de nós o que está acima da nossa força, para que aprendamos a buscar dele poder para cumpri-lo. Quando diz: “como também o fazemos para convosco”, ele os estimula pelo seu próprio exemplo.
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