Cartas de amor
As cartas que escrevi desde o começo,
Com tinta de minh’alma e coração.
Foi por amor e por grande paixão,
Tributo ao teu ser, com imenso apreço.
No início, elas não tinham endereço.
Somente eram os frutos da ilusão,
Nascidas dentro da imaginação,
Que em contas de rosários te ofereço.
Rascunhos tantos fiz, rasguei papel,
Da solidão sorvendo amargo fel,
Fui palmilhando, assim, minha amargura.
E sem ter selo e nem caixa postal,
As cartas entreguei, pois afinal,
Em minha vida o amor, hoje, é ventura.
Edith Lobato - 2013
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