Meu coração
Meu coração por tantas várzeas,
Trancou-se num porão a sete chaves,
Desintegrou-se qual a bela fénix.
Nos revezes desta vida de ilusões.
Sofreu, chorou tão duras tempestades,
Passou por tenebrosas tsunamis,
E naufragou qual nauta em mar bravio.
Agora vive assim qual Rapunzel,
Trancado numa torre de marfim,
Com o sangue congelado na safena,
Descrente deste vinho embriagador.
Edith Lobato – 10/09/14
|