Toda sorte de palavra me silencia quando eu tento te definir,
o que me resta é sentir a doçura enfática
do teu nome por mim pensado,
num devaneio metafísico, onde tudo o que eu quero
é o habitar do teu inferno “paradísico”.
Quero o inferno da tua boca entreaberta
entre o dizer e o não dizer,
suspendendo acima de vários céus
o amor que sinto por você.
E aceito qualquer desterro ou banimento de tudo o que sou,
para alcançar o teu sentimento que o meu sonho anelou.
Porque eu te amo entre distancias de inferno e paraíso,
e tomaria de assalto teu mundo, lutaria com Zeus
pelo despontar do teu sorriso.
Porque eu te amo além do espelho de Narciso,
e do meu sol que não raia,
do meu espontâneo amor que não ensaia,
me tornando merecedor de escrever a vida
nos teus seios de Gaia.
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