Numa espécie qualquer de surto,
esse veleiro assimétrico de mim,
a deriva no mar da desilusão transitória,
quase definindo minha triste história,
conseguiu navegar rumo ao teu porto de colo seguro,
atracando no carinho do teu olhar acolhedor e puro.
Que aqueceu a hipotermia dominante da minha dor,
me cobrindo com o calor de um abraço redentor.
E foi me esquentando,
minha esperança inerte de amar, ressuscitando,
a adulta criança do meu coração reanimando.
Lapidou minhas feridas sem cura,
moldando nelas diamantes de ternura,
lançou um brilho que ofuscou toda minha crônica amargura,
forjando em sussurros doces,
o desespero traumático das minhas palavras mais duras.
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