Com o teu olhar por longe eu apelo ao astral,
a qualquer força que me estanque o sangrar tua falta,
e que me cure desse mal que a dor tanto exalta.
Alguma força que me tire dessa tristeza nublada
que clama o sol da tua volta,
que desate as amarras que a saudade por vaidade não solta,
e faz as minhas lágrimas gritarem de revolta.
Eu preciso secar novamente o suor da minha vida
no pano da tua saia.
Eu preciso do teu sorriso
que o teatro da minha esperança toda manhã ensaia.
Porque o que for contrário disso,
é desespero trafegando pelas estradas da minha alma,
é desilusão enlouquecida, que me toma toda a calma.
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