…o homem se alimentava assim no continente americano:
Um dos mais completos alimentos do mundo, o AMARANTO é uma vedete em dieta saudável - de todos os grãos, é o mais rico em proteínas. Cultivado há cerca de 8.000 anos, era o grão mais consumido pelos astecas antes dos espanhóis. Untando os grãos com mel e sangue humano, os guerreiros modelavam ídolos que posteriormente comiam, em ritual que assombrou os colonizadores. Tanto queimaram as áreas de cultivo, que desapareceu durante séculos, recém-descoberto.
A CHIA é o elemento vegetal com maior concentração de ômega 3 (ganha da linhaça), e ainda contém fibras, magnésio, potássio e vitaminas B. Indicada para o controle do colesterol, da diabetes e na perda de peso, também elimina toxinas e garante o bom funcionamento do intestino: forma uma espécie de gel no estômago, promove saciedade e a digestão fica mais lenta. Vendida sob as formas de grão, farinha e óleo. O grão pretinho vem do México e foi consumida por civilizações antigas - maias e astecas - em busca de força e resistência.
O FEIJÃO é uma leguminosa nascida aqui mesmo no Brasil e cultivada pelos índios ao lado do milho, da mandioca, do amendoim e do fumo, só chegando na Europa por volta de 1540, hoje cultivado em todo o mundo. O Brasil é o maior produtor, às vezes importador. Uma das melhores fontes de ferro entre os vegetais e proteína, que por ser vegetal está isenta de gordura saturada e colesterol. Os melhores tipos ao nosso paladar são nascidos em feijoeiro anão (caule curto e reto), e todos na cor uniforme: preto, roxinho, vermelhinho, branco, brancão e jalo (amarelado).
O cultivo do MILHO remonta de 7 a 10.000 anos, as primeiras culturas realizadas no México e na América Central pelos povos pré-colombianos que a chamavam de ‘mahiz’ na língua nativa e que significa sustento ou fonte da vida. Base alimentar dos incas, maias e astecas, reverenciado em sua arte e religião. Após Colombo, por volta de 1500, o MILHO foi difundido pelos portugueses na Ásia e na África, um grande legado americano para a população mundial. Cereal popular e polivalente, com cerca de 300 variedades, usado na culinária mundial sob as formas de farinha ou pasta, cozido, assado ou em receitas criativas. Apresentados em pratos tão diferentes, em escala só perdem para o arroz e o trigo.
Consta que o cultivo da QUINOA teve início nos Andes da Bolívia há mais de 5.000 anos. Junto com o milho (e a batata), era a base da alimentação do império inca e até hoje é conhecida como grão sagrado.
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FONTES:
‘Prato do dia: feijão com arroz’ - Revista MARIE CLAIRE, SP, nº 53, ag. / 1970.
‘Os sabores do Novo Mundo’ - Revista NÓS DA ESCOLA, Rio, SME, nº 48 / 2007.
‘De grão em grão’ - Revista O GLOBO, Rio, 26/2/12.
F I M
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Biografia: PARVUS IN MUNDUS EST. (O MUNDO É PEQUENO DENTRO DE
UM LIVRO)
Ser dedicado, paciente, ousado, crítico, desafiador e sobretudo enlighned são adjetivos de um homem cosmopolita que gostaria de viver mais duzentos, ou quem sabe trezentos anos para continuar aprendendo e ensinando.
Muitos de nós acreditam que uma vida de setenta, oitenta anos é muito longa, contudo refuto esse pensamento, pois estas pessoas não sabem do que estão falando. Sempre é tempo de aprender, esquadrinhar opiniões, defender, contestar ou apoiar teses, seguir uma corrente filosófica (no meu caso, a corrente kantiana), não necessariamente crer num ser superior, mas admirar e respeitar quem acredita nele. Entender a diversidade de costumes e culturas denominados de forma polissêmica nas diferentes partes do mundo, falar um ou dois idiomas, se perguntar o porquê e tentar encontrar respostas para as guerras, a segregação racial, as diferenças étnicas, o fanatismo religioso, o avanço tecnológico, o entendimento político. Enfim, apenas estes temas já levaria uma vida para se ter uma compreensão média.
A leitura é o oráculo para estas informações, é ela que torna o mundo cada vez menor capaz de se acomodar nas páginas de um livro. É por isso que se diz que não há fronteiras para quem lê.
Atualmente as pessoas confundem Balzac com anti-inflamatório, Borges com azeite, Camilo Castelo Branco com rodovia estadual, Lima Barreto com laranja de determinado município paulista, Aristóteles com marca de carro e por aí vai.
Embora, eu tenha dissertado sobre o conhecimento culto, os meus trabalhos publicados aqui demonstram o dia a dia das pessoas comuns narrados através de divertidas e curiosas estórias. Meu público alvo são as mulheres. É para elas que escrevo, pois são elas possuidoras de sensibilidade capaz de entender o conteúdo do meu trabalho.
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