Quando meu coração parar
E meu espírito - único amigo,
De sua prisão se libertar,
Quero viver minha morte assíduo.
Quando meu sangue secar
E meu corpo - único escudo,
Em machadianos vermes se quebrar,
Quero morrer minha vida decidido.
Quando o Frio - esperado amante,
Com seus braços me afagar,
Quero de su'alma retirante,
As glandes da solidão gozar.
Quando num último suspiro,
Ignota esperança apresentar,
Matar-me, a paz prefiro,
do qu'esse fardo parasita levar.
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