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HOMEM
Tânia Du Bois


     Na vida do homem sempre há bons momentos de lazer e entretenimento, aliados à arte, cultura e história. O homem acredita nessa proposta e tenta ser organismo vivo que abrigue ideias e pensamentos na forma de obras intelectuais.
     Essa classificação, por muitas vezes, torna-se contraditória no mundo moderno, porque esse mundo marginaliza a poesia como reflexão. Ao refletirmos, nos deparamos com o homem transcendendo a sua limitação, num tempo em que a objetividade é meta calcada sobre a sua relação com a modernidade. Nas palavras de Orides Fontela “... tecem-se tempos / para um só ato / infindo”.
     A arte calcada na vida resgata o homem como agente do seu contexto vivencial. Eis o momento para conhecer e se reconhecer nas manifestações artísticas, como disse Oswald de Andrade, “A poesia existe nos fatos... fatos estéticos”.
     Letícia Raimundi Ferreira lembra que “Na poesia, pois, a ênfase na presença da linguagem se faz através das figuras e estas, em função estética, marcam a presença irreal das coisas”.
     A arte e o bom gosto são para todos os sentidos. Como se lê na poesia, a vida do homem é constante renovar-se, inserindo-se historicamente na existência.
     O poema é algo que traduz beleza estética e única sobre o momento. “O homem nasce e se constitui como indivíduo dimensionado pelo ambiente que lhe é peculiar,” segundo Telenia Hill. As palavras enriquecem a significação, como demonstra Joaquim Cardozo no poema, “Homens de todas as jornadas; Chegaram e a chegar prosseguem: / Agora juntos se agasalham / Na mesma pele de silêncio, / contemplando as portas abertas. //.. / Cruzam o limiar trazendo / Poeiras de azul e de horizonte / Nos pés culpados de caminhos. / ... Homens de todos os passados, / Surdo silêncio de si mesmo, / Vazios sons da pedra escutam: / Quieto rumor, choro da infância, / Riso de puras esperanças,...”
     O poema como obra de arte é síntese composta do pensar sobre a vida; ao ler uma obra literária é necessário refletir e discutir sobre as impressões deixadas pelo novo, porque o homem, em largo espaço da sua existência, está sempre em busca do derradeiro sentido da vida. Por isso, vaga na solidão das suas verdades, preso aos sentidos de suas ações, que o atingem até o indecifrável mistério da morte.


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
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