Estava cansado, tomou o costumeiro chá, fez uma reflexão daquele dia e deitou-se no chão do quarto que era forrado por um leve colchão, feito cuidadosamente para apoiar o corpo daqueles monges que se preparam por anos para aquelas funções.
Dormiu e sonhou muito. Pensou na forma como os ocidentais encaram esta maravilhosa conexão com o universo e, deixou transparecer, frente ao espelho, um delicado sorriso. Ainda antes de levantar-se do leito, lembrou do nítido sonho da noite passada (um, como há muito tempo não acontecia) :
"Andava par uma floresta toda verde, duma verdura de comover os olhos. Ia caminhando, enquanto cantarolava algo, até que notou a presença de alguém atrás de si.
Olhou e surpreso, viu um enorme anjo sorrindo para ele. Sem nem mesmo pensar, perguntou:
-Você é um anjo?
-Sim!
-Mas eu sempre soube que o meu anjo é um querubim.
-E é um querubim mesmo.
Mas como!? Você é grande, alias é enorme.
-Eu fui enviado para vir na frente do seu anjo, antes dele, a fim de tirar todo o mal do seu caminho".
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