Plangores profundos, distantes;
Violinos chorando lembranças,
Soluçam memórias vibrantes;
Atingem meu corpo, mil lanças.
Ouvindo tais notas viajantes,
Abalo-me em minhas andanças;
Flutuando por mares ondeantes,
Murchecem minhas esperanças.
Quem são aqueles que vos arqueiam?
Quais prantos vos fazem chorar,
Aqueles que brasas me ateiam?
Estão a machucar-vos as cordas,
As dores dos que te estão a tocar?
Por que nostalgia também choras?
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