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MÚSICA ESTRANGEIRA
EACOELHO

Desde os idos tempos de minha juventude, já se falava, e muito, da invasão admitida das músicas estrangeiras. Da preferência tola das emissoras, na época, ainda e somente AM, por tocar músicas internacionais.

Igualmente lá naquela época, há três ou quatro décadas, já contávamos no Brasil – reconhecido por possuir uma gama de talentos rica –, quer fossem, no mundo das composições, poetas letristas, músicos arranjadores, quer fossem intérpretes. Atualmente, a meu ver, temos ainda mais talentos, mais riqueza nessa arte da música, com artistas das mais diversas vertentes. Aliás, vale dizer, que nosso país é reconhecidamente um celeiro de artistas no campo da música, principalmente popular. Temos vasto repertório de ritmos, de estilos, para atender a todos os gostos e sempre com qualidade, salvo exceções, fomentadas também pelas emissoras.

E mesmo diante de toda essa realidade, conhecida e reconhecida por tantos, para não dizer todos, nossas emissoras continuam nessa boba teimosia de dar absoluta preferência na divulgação das músicas internacionais. Não que não devam ser tocadas. Claro que devem. Se queremos e temos nossos artistas sendo ouvidos em tantos países, é válido que outros artistas internacionais sejam tocados também aqui. Até por uma questão de cultura global, interativa.

Mas em tudo tem que prevalecer o senso lógico, a inteligência prática. E nem quero apelar, sob nenhuma hipótese, ao bairrismo, que até seria justificado. Queria tão-somente a ausência de modernismo ou condicionamento sem sentido e teimoso e que vai passando de geração em geração, numa “coisa” que foge a minha inteligência e ao meu bom senso.

Ontem mesmo, entrei no meu carro, em torno das vinte horas. Liguei o rádio, tocava uma música internacional. Mudei para a estação seguinte, música internacional. E assim passeei por todas as emissoras programadas e não consegui escutar uma só música brasileira. Insisti por mais de trinta minutos, mudando de emissora em emissora e nada. Somente músicas estrangeiras. Senti-me roubado, usurpado, melindrado, induzido à força.

E assim é o dia todo. Todo dia. Aqui, ali e acolá. Nessa, naquela ou naquela outra emissora, naquela outra cidade, naquele outro estado. Seja AM, FM ou o que seja. Até mesmo nas simplórias rádios comunitárias, até nas clandestinas. E não venham me dizer que isso traduz a preferência dos ouvintes. Com certeza que não.

Realmente não entendo nada, não consigo entender nada. Nada que justifique essa preferência dos profissionais da área, pelas músicas internacionais. Confesso que vasculho meus parcos arquivos intelectuais, em meus registros de todo o insuficiente conhecimento que já adquiri e não encontro nada, absolutamente nada que justifique essa cegueira, esse modismo perene. Nada que seja, senão uma preferência imposta à sociedade por conta de interesses escusos, talvez.

Alguém, por acaso, poderia me ajudar a entender os fatos ou justificativas lógicas para essa burra teimosia?
Ou tolo e teimoso estaria sendo este pobre brasileiro ignorante, desinformado e retrógrado?

EACOELHO


Biografia:
Sou Catarinense, nascido em Penha-Sc, criado em Camboriu-Sc, ao lado de Balneário Camboriu, no meio do mato e me fiz menino assim com todo jeito e trejeito de "matuto do mato". E lá, em meio à natureza, formei-me gente e carrego e carregarei aquelas mesmas raízes pela minha vida toda. Desde que alfabetizado - e prematuramente - sempre tive extrema facilidade de escrever, contudo, nunca me dediquei a tal. Salvo um ou outro poema, ou crônica ou mesmo prosa, escritas e perdidas pelo caminho, já que nunca havia idealizado a possibilidade de juntar tais escritos em algum espaço assim. Mas, juntando a formação, alguma herença genética e a sensibilidade que trago na garupa do menino criado na roça, em meio aos ribeirões, estou agora sentindo o gosto por escrever um pouco mais e principalmente de guardar meus poemas e crônicas neste tipo de espço e outras comunidades afins. E neste, espero ganhar asas e assim poder realizar um objetivo adiado a tantas e tantas décadas. Gosto de escrever sobre os amores da vida, vivos, vividos e esperados. Eventualmene sobre questões sociais, existenciais e alguma sátira política, vezes em quando. Aliás, gosto mesmo é de escrever. O tema, é de importância menor. Moro atualmente em Joinville-Sc, cidade de cultura Germânica, tida como "cidade dos príncipes", em função de ter herdado o nome de um príncipe Frances com quem se casou a Princesa D. Francisca. Quatro filhos, dois netos e muita lembrança para ir contando e transformando em versos ou prosas. Grato pela visita, pela leitura e tomara que gostem do que leram ou venham a ler. Espero sinceramente que meus textos sejam-lhes uma leitura agradável, quem sabe divertida ou que lhes façam refletir sobre alguns conceitos aqui expostos. E estarei sempre muito disponível para debatar qualquer tema ou conceito aqui abordado. Disponível para aceitar quaisquer outras considerações a respeito do conteúdo aqui exposto.
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