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CASULO
EACOELHO

De volta ao conforto da caverna,
Resguardando toda sangria exposta,
Cicatrizando os talhos na minha carne,
Feitos pelas navalhas afiadas dos infames.
     
Corri mundo e me mostrei ao mundo,
Derramei versos em pétalas pelas alamedas,
Estive nos becos, guetos, praças e calçadas,
Em tudo atirei pérolas e só os porcos deglutiram.

Deitei e me dei em camas e colchas de cetim,
Despejei prazer nas entranhas de fidalgas damas,
Fiz amor com mundanas nos escombros da periferia,
Sempre regando com poesia todo gozo que permiti.

Em momentos me senti e me vi poeta,
Deslumbrei livros enfeitando vitrines luxuosas,
Sofri olhando poemas jogados nas sarjetas em nojo,
Blasfemei o mundo e os mundamos e arrotei mágoa.

Vim buscar a segurança das minhas paredes nuas,
Rebuscar na solidão a recompensa do meu pensar,
Eu sei dos meus versos e os valores das palavras ditas,
Que ofereci ao mundo sem pretensão nem recompensa,
E só recebi um bumerangue arrebentando minha cara.

Refletirei protegido neste casulo tão meu,
Se acresço demagogia nas entrelinhas dos meus textos,
Se jogo o jogo hipócrita das cartas marcadas pela farsa,
Se ofereço meu sangue aos vampiros da multidão,
Se dôo o coração aos dementes conseqüentes da avareza,
Se apenas conforto os insanos oriundos das paixões sem freios,
Ou se apenas jogo versos aos ventos para serem levados ao infinito.

Mas se tempo o urgir e a conclusão me faltar,
Apenas escreverei o que o instinto por si ditar,
E cada poema rebentado em folha branca límpida,
Será amassado e jogado ao espaço em vácuo,
E somente minha memória terá sabido das letras.

EACOELHO


Biografia:
Sou Catarinense, nascido em Penha-Sc, criado em Camboriu-Sc, ao lado de Balneário Camboriu, no meio do mato e me fiz menino assim com todo jeito e trejeito de "matuto do mato". E lá, em meio à natureza, formei-me gente e carrego e carregarei aquelas mesmas raízes pela minha vida toda. Desde que alfabetizado - e prematuramente - sempre tive extrema facilidade de escrever, contudo, nunca me dediquei a tal. Salvo um ou outro poema, ou crônica ou mesmo prosa, escritas e perdidas pelo caminho, já que nunca havia idealizado a possibilidade de juntar tais escritos em algum espaço assim. Mas, juntando a formação, alguma herença genética e a sensibilidade que trago na garupa do menino criado na roça, em meio aos ribeirões, estou agora sentindo o gosto por escrever um pouco mais e principalmente de guardar meus poemas e crônicas neste tipo de espço e outras comunidades afins. E neste, espero ganhar asas e assim poder realizar um objetivo adiado a tantas e tantas décadas. Gosto de escrever sobre os amores da vida, vivos, vividos e esperados. Eventualmene sobre questões sociais, existenciais e alguma sátira política, vezes em quando. Aliás, gosto mesmo é de escrever. O tema, é de importância menor. Moro atualmente em Joinville-Sc, cidade de cultura Germânica, tida como "cidade dos príncipes", em função de ter herdado o nome de um príncipe Frances com quem se casou a Princesa D. Francisca. Quatro filhos, dois netos e muita lembrança para ir contando e transformando em versos ou prosas. Grato pela visita, pela leitura e tomara que gostem do que leram ou venham a ler. Espero sinceramente que meus textos sejam-lhes uma leitura agradável, quem sabe divertida ou que lhes façam refletir sobre alguns conceitos aqui expostos. E estarei sempre muito disponível para debatar qualquer tema ou conceito aqui abordado. Disponível para aceitar quaisquer outras considerações a respeito do conteúdo aqui exposto.
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