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ESTRADA E FILOSOFIA
EACOELHO

Resumo:



Para quem gosta de viajar de carro, com certeza vai relembrar, quem sabe saudosamente, de algumas viagens.





Nada me enriquece mais que viajar de carro, cortando estradas, deslizando pelo asfalto e deixando caminhos para traz.

Quando saio de grandes centros, cidade grande, gente por todo lado, carros e mais carros, prédios, avenidas, comércio fervente, riquezas estampadas, multidão e então pego a estrada, o carro comendo os espaços, poderoso, e a cidade ficando para traz.

O pensamento solto, lembranças, sonhos e filosofia passeando na mente e a estrada me convidando para a aventura. As margens passando rápido, natureza ao lado, morros e céu e o carro obediente e destemido, sob meu comando, vai desvendando diferenças de toda ordem.

Mas queria dizer mesmo, é da sensação que deslumbro, quando saio de um grande centro, cidade grande e depois de viajar 50, 100 km de estrada nua, entre curvas, subidas, descidas e muito mato e no meio do nada avisto uma cidadezinha, pequena, modesta, distante, e na medida em que vou me aproximando, fico olhando as pessoas que ali vivem e imagino a vida delas.

Sinto-me um idiota, preso à toda aquela riqueza e disponibilidades da cidade grande, grande renda, grande consumo, grande tudo. Vaidades estimuladas pelo marketing, consumismo aviltado pela disponibilidade, enriquecimento fomentado pela sede de poder e por aí a fora. E ali, naquela cidadezinha? Que inveja que sinto daquela gente!!!! Ali, nessas cidadezinhas, a vaidade parece menos aflorada, a decadência da competição parece inexistir; o tempo parece mais vagaroso, permitindo que a vida seja mais saboreada. Ali sim a poesia se sobrepõe a praticidade absurda da corrida pelo ter.

Passo à cidade pequenina e o capô do carro avança, avança. Mais estrada, mais ausência de vida humana, mais solidão guarnecida dos montes, morros, matas e relvas. Mais dezenas, centenas de km e mais uma vila, uma cidade, encravada às vezes no meio de vales. Olho meio à distância e penso: caramba, ali existe uma sociedade, tão alheia a tudo, parece outro mundo, outro estado, outro país.

Ali não tem toda a correria, todo o frenesi dos grandes centros e ali as pessoas também vivem e certamente também são felizes, ou infelizes. Os sentimentos existem da mesma forma. A diferença é que ali a poesia parece não precisar de palavras, nem de versos, nem de estrofes. Ali a poesia vive solta nas ruas......


EACOELHO
(o poeta do Vale)


Biografia:
Sou Catarinense, nascido em Penha-Sc, criado em Camboriu-Sc, ao lado de Balneário Camboriu, no meio do mato e me fiz menino assim com todo jeito e trejeito de "matuto do mato". E lá, em meio à natureza, formei-me gente e carrego e carregarei aquelas mesmas raízes pela minha vida toda. Desde que alfabetizado - e prematuramente - sempre tive extrema facilidade de escrever, contudo, nunca me dediquei a tal. Salvo um ou outro poema, ou crônica ou mesmo prosa, escritas e perdidas pelo caminho, já que nunca havia idealizado a possibilidade de juntar tais escritos em algum espaço assim. Mas, juntando a formação, alguma herença genética e a sensibilidade que trago na garupa do menino criado na roça, em meio aos ribeirões, estou agora sentindo o gosto por escrever um pouco mais e principalmente de guardar meus poemas e crônicas neste tipo de espço e outras comunidades afins. E neste, espero ganhar asas e assim poder realizar um objetivo adiado a tantas e tantas décadas. Gosto de escrever sobre os amores da vida, vivos, vividos e esperados. Eventualmene sobre questões sociais, existenciais e alguma sátira política, vezes em quando. Aliás, gosto mesmo é de escrever. O tema, é de importância menor. Moro atualmente em Joinville-Sc, cidade de cultura Germânica, tida como "cidade dos príncipes", em função de ter herdado o nome de um príncipe Frances com quem se casou a Princesa D. Francisca. Quatro filhos, dois netos e muita lembrança para ir contando e transformando em versos ou prosas. Grato pela visita, pela leitura e tomara que gostem do que leram ou venham a ler. Espero sinceramente que meus textos sejam-lhes uma leitura agradável, quem sabe divertida ou que lhes façam refletir sobre alguns conceitos aqui expostos. E estarei sempre muito disponível para debatar qualquer tema ou conceito aqui abordado. Disponível para aceitar quaisquer outras considerações a respeito do conteúdo aqui exposto.
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