Não estava mais em se. Já tinha tomado algumas doses no bar do Sr. Babinha. Cuspiu no pé do balcão. Saiu feito animal bruto, sem alma. Ia levando tudo com os peitos. Enfezado essa era a palavra adequada para ele. O bicho ruim tinha infundido nele.
Acendeu o cigarro matuto,feito de papel de caderno ou ás vezes de palha de milho e como fumo.
Deu três palme de fumaça, igualmente uma locomotiva. Quando pisou no calçamento chamou atenção de todos que por ali passavam.
___Aquele que quer brigar comigo esta é a hora, veim frouxos ...veim ...estou aqui.
Todos passavam e não davam a mínima. Quem seria louco a querer brigar com um homem que se criou no mato em meio aos bichos brutos, pois acredita que tudo se resolve na ponta da faca.
__Babinha tenho a maior consideração por tu, pois quando eu era criança foi tu que mim deu a minha primeira baladeira. Istourei muito bucho de calango e cabra no terreno de meu pai e muito pé de orea de vagabundo que ia pegar castanha iscondido. Aquele presente que ganhei de tu fez com que libertasse a fera que morava dentro de eu.
__ Se acalme, Malquissede.
__Se não fosse por isso eu juro que bagunçaria tudo aqui, caibo por caibo, teia por teia.
Cambaleava para lá e para cá, se estatelou cheio de pinga. Babinha pegou a cabeça do amigo e colocou algumas palhas de milho debaixo e às vezes tangia as formigas que ficam no vomito. Ainda com o rosto queimado do sol e com mãos calejadas da enxada. Malquissede se divertia assim todas as tarde de sábados e domingo, na vila de Babaçu do limão azedo. No sertão onde Malquissede mora o que vale mesmo é o respeito, daqueles rudes e toscos.
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