Eu não choro de dor
eu sangro sem cor,
no frio que me faz
a falta do teu calor.
Eu me sirvo das explosões
do meu eu intempestivo,
para não fazer questão de estar vivo,
para existir sem motivo.
Eu me encharco de desespero
esperando tuas mãos
para me livrar do pior
e secar meu doente suor.
Eu me tranco e analiso
por que eu tanto te preciso,
e me respondo
e enfatizo,
que na tua ausência me impreciso.
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