Ah,ser classe média! Poucas coisas são de características tão bilateral. É muitas vezes estar entre o céu e o inferno. Enquanto sua comunidade consegue conquistar por algum razoável esforço uma estrutura até boa,a mesma não tem nenhum incentivo extra justo e verdadeiro para uma tranquila manutenção de sua estrutura,nem por parte do setor privado e menos ainda do setor público. Quem é de média-baixa,pode até conseguir algum casual benefício por parte de um governo e quem é de média-alta pode até de algum benefício gerado pela própria sociedade(a maior parte ilícita),mas quem é de classe medianíssima não tem apoio algum,nem formal ou informal,oficial ou paralelo,privado ou público. O usufruo em seu estilo de vida é gerado única e irrevogavelmente dentro de sua própria estrutura. Mas quem exatamente comporia esta classe medianíssima? Seria aquela cujos rendimentos estariam na faixa dos R$2000,00 aos R$ 4999,00.
Mas não seria um absurdo alguém defender algum tipo de benefício,principalmente por parte de um governante,sendo que esta camada já ganha relativamente bem diante de uma imensa maioria? Em termos,pois dois ou mesmo três mil reais para quem tem que viver em uma moradia alugada, pagando as contas mais básicas,os impostos também básicos,usufruindo das necessidades mais primordiais como vestuário,alimentação e transporte,acaba vivendo em uma sensação de pobreza tão cruel quanto à verdadeira.
No entanto o médio-classista é um admirável guerreiro ou até mais um admiradíssimo samurai,pois por mais que reclame a falta de compreensão sócio-cultural e apoio político-econômico,consegue manter o fogo pela vida,o bom humor,o otimismo e fé,além de um também admiráveis padrão e senso de cultura. E é à ela que dedico esta crônica, este texto. Afinal,bem aventurados os "podres" de dinheiro,pois estes são verdadeiramente ricos em espírito. MESMO!
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